Superávit alcança US$ 11,1 bi, mas exportações desaceleram

Apesar das projeções otimistas para a balança comercial deste ano, o país começa a mostrar sinais de desaleração nas exportações. Dados do Ministério do Desenvolvimento mostram que as vendas externas caíram 1,1% na segunda semana de julho em comparação com igual período do ano passado. Mesmo acumulando um saldo de US$ 11,1 bilhões no ano, especialistas acreditam que o superávit comercial pode ser até menor que o alcançado em 2002 – US$ 13 bilhões.

Segundo avaliação da Associação Brasileira de Comércio Exterior (Abracex), as exportações estão profundamente represadas. A tendência agora é de aumento das importações, já que as vendas de produtos agropecuários, que incentivaram as exportações, não têm mais como aumentar este ano”, disse o presidente da Abracex, Roberto Segatto.

Os dados da Secretaria de Comércio Exterior confirmam uma redução nas vendas de básicos. Produtos que no primeiro semestre estavam entre os líderes das vendas brasileiras no exterior, como soja, café, suco de laranja, açúcar minérios, petróleo e derivados estão agora apresentando queda na vendas, em relação ao mesmo período do ano passado. Apesar da queda, o governo ainda trabalha com um semestre positivo.

Para os técnicos do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, ainda não é possível avaliar se está havendo uma queda real nas exportações, já que a greve dos servidores públicos federais na semana passada foi a principal responsável pela redução de mais de 10 % nas vendas externas médias diárias. Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), a redução do número de funcionários atuando nas aduanas fez as exportações médias caírem de US$ 284,8 milhões para US$ 254 milhões, em uma semana.

Voltar ao topo