Sócio de corretora que repassava recursos das contas de Marcos Valério depõe na PF

O presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), admitiu há pouco que as CPIs em andamento no Congresso terão de ser prorrogadas e ressaltou que as investigações poderão não atingir a todos os culpados, por falta de provas. Ele salientou que ainda há muita documentação a ser analisada, porque "a corrupção no governo Lula ocorreu como um câncer, com metástase em todas as partes".

Para o senador, onde quer que se investigue, estatais ou administração direta, saem casos de corrupção. "Não é um exame fácil de documentação. A sociedade precisar ter paciência", disse.

Bornhausen afirmou ser contra qualquer acordo sobre a diminuição das punições dos envolvidos efetivamente em corrupção. Ele reiterou que, se a lista completa do "mensalão", por exemplo, não for obtida, é possível que alguns culpados não sejam atingidos.

"Mas, de qualquer forma, haverá punições." O senador admitiu não ter dúvidas sobre a existência do "mensalão". Segundo ele, "a história do mensalão corria à boca pequena no Congresso, mas não se tinha provas". "Agora, as provas aparecem e precisamos achar os culpados", destacou.

Para o presidente do PFL, a assiduidade de saques do Banco Rural por assessores de parlamentares é prova da existência do esquema de pagamento de mensalidades a deputados.

Sobre um eventual impeachment do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o senador afirmou que há indícios graves de crime de responsabilidade do presidente Lula e ressaltou que, na apresentação já feita de pedidos de impeachment, não houve base forte de sustentação dos argumentos.

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