Sobe para onze número de mortos em explosão na Somália

Pelo menos 11 pessoas morreram na explosão ocorrida nesta segunda-feira (18) em Baidoa, sede de um enfraquecido governo provisório da Somália. Entre os mortos está o irmão do presidente do país. As primeiras parciais indicavam quatro vítimas fatais. Um porta-voz da administração interina disse que o presidente era o alvo do ataque.

Até o momento, nenhum grupo reivindicou a autoria do ataque perpetrado em Baidoa, mas teme-se que o episódio prejudique as negociações de paz entre o governo e os fundamentalistas islâmicos que controlam a maior parte do país. "Essa explosão tinha como objetivo matar o presidente, mas ele escapou e está bem", disse Abdirahman Dinari, o porta-voz, sobre a explosão ocorrida em Baidoa, 250 quilômetros ao norte de Mogadiscio. "Não posso descartar os islamitas", disse por sua vez o chanceler somali, Ismail Mohamed Hurre, em Nairóbi, no Quênia. Representantes da milícia islâmica não foram encontrados para comentar a suspeita.

O carro-bomba explodiu em frente ao local onde dez minutos antes o presidente Abdullahi Yusuf acabara de pronunciar um discurso, disse Mohamed Adawe, um jornalista que presenciou o incidente. Em seguida, guarda-costas do presidente perseguiram os supostos agressores, dando início a um tiroteio.

Oito carros foram incendiados na explosão, inclusive três que pertenciam ao comboio presidencial. Cinco pessoas que estavam no comboio morreram na explosão, entre elas o irmão do presidente, disse Abdirahman Dinari, porta-voz do governo provisório. Mais seis pessoas morreram no tiroteio iniciado depois da explosão.

A Somália não tem um governo central desde 1991, quando senhores da guerra derrubaram o ditador Mohamed Siad Barre e depois voltaram-se uns contra os outros, afundando o país no caos. O atual governo foi estabelecido há dois anos com o apoio da Organização das Nações Unidas (ONU), mas não conseguiu expandir sua influência.

Atualmente, Baidoa é a única cidade somali importante controlada pelo governo interino. O restante do país é dominado principalmente por uma milícia islâmica que se contrapõe a senhores da guerra laicos.

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