Sindicato afirma que greve dos bancários atingiu 20 estados

A greve de advertência de 24 horas realizada, nesta quarta-feira, pelos bancários atingiu agências de 20 estados do país, informa o balanço do comando de greve nacional divulgado em São Paulo pela Confederação Nacional dos Bancários (CNB), ligada à Central Única dos Trabalhadores.

De acordo com a CNB, em quatro estados os bancários decidiram em assembléia não realizar greve ? Acre, Alagoas, Maranhão e Mato Grosso do Sul ? em dois estados não houve greve ? Alagoas e Maranhão ? e três não possuem sindicatos ligados ao Comando Nacional de Greve ? Amazonas, Tocantins e Goiás. No Rio de Janeiro, os bancários deliberaram em assembléia realizar greve de 48 horas, estendendo-a até amanhã.

As negociações entre os sindicatos de bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) para o acordo coletivo deste ano estão paradas. No último dia 20, segundo a assessoria de imprensa da CNB, os bancos apresentaram uma proposta de 4% de reajuste salarial mais um abono de R$ 1 mil, que foi rejeitado nas assembléias no país.

A decisão foi encaminhada à Fenaban, juntamente com um pedido de reabertura das negociações e, segundo a CNB, não houve resposta da federação dos bancos até esta quarta-feira.

"O reajuste que nós pedimos é de 11,77%, em que já está colocado o aumento real, porque nós temos uma inflação de cerca de 5%. Acreditamos que com a lucratividade do setor financeiro, ele tem condições de sobra de dar um aumento real para a categoria. Estamos pedindo uma participação de lucros e resultados de um salário, mais R$ 788, mais 5% do lucro líquido dividido de maneira linear para os funcionários de cada banco", disse Carlos Cordeiro, secretário-geral da CNB.

Segundo a assessoria de imprensa da Fenaban, os negociadores estão esperando que a CNB faça uma contraproposta à oferta que receberam. As negociações, segundo a Fenaban, envolvem 100 itens e os bancários não teriam detalhado quais pontos foram rejeitados nas assembléias.

Neste sábado, representantes da CNB de todo o país irão se reunir em São Paulo para discutir a proposta de greve geral a partir do dia 6 de outubro.

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