Sindicalistas do Paraná vão lançar campanha de rádio e TV contra Emenda 3

Representantes de centrais sindicais, da Delegacia Regional do Trabalho e do governo estadual formaram um comitê de mobilização social para defender o veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Emenda 3. Em sua primeira reunião, decidiram nesta terça-feira (10) lançar uma campanha de rádio e televisão contra a Emenda 3.

Serão veiculados boletins na rádio e TV educativas com informações sobre o impacto da Emenda 3  na vida dos trabalhadores.  A campanha pretende esclarecer quais os direitos  que o trabalhador pode perder se o veto presidencial for derrubado pelos deputados federais.

"Direitos constitucionais como ao do 13, férias, Fundo de Garantia por Tempo de Serviço. Essa emenda é simplesmente um retrocesso, o fim dos direitos constitucionais brasileiros. Vamos lutar incansavelmente pela manutenção do veto?, afirmou Gladir Bassos, da Central Geral dos Trabalhadores (CGT).

Para o secretário Especial para Assuntos de Curitiba, Doático dos Santos, essa parceria dos movimentos sociais, sindicais e emissoras educativas é fundamental para essa mobilização¸ conscientização, para garantir a rejeição  da Emenda 3 no Congresso Nacional?.

Segundo o presidente da seção Paraná da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Roni Anderson Barbosa, diversas categorias se uniram  nessa terça-feira. São bancários, petroleiros, servidores municipais, estaduais, da saúde, todos  entraram  no serviço com algumas horas de atraso e aproveitaram  para debater e conhecer melhor do que trata a Emenda 3.

"A população se une a esses trabalhadores na Boca Maldita, no centro de Curitiba, a partir das 16 horas para  oficializar a resistência a essa medida. A Emenda 3 vai tirar o poder de fiscalização do Ministério do Trabalho, prejudicar até as vistorias que autuam o trabalho escravo em fazendas, tudo será remetido para a  Justiça do Trabalho, o que será um retrocesso em tudo o que o trabalhador conseguiu até agora?.

Segundo Barbosa, a própria Organização Internacional do Trabalho (OIT) está preocupada com a fiscalização do trabalho escravo no Brasil, que vem sendo feito há anos com resultados muito bons e essa emenda só irá prejudicar,  pois os fiscais não terão mais poder de autuação?. Reafirma que  o veto precisa ser mantido. ?Carteira assinada e todos os direitos trabalhistas é o justo e é só o que queremos?.

O  presidente da CUT disse que as centrais sindicais defendem que a votação seja aberta, para que  a população possa conhecer a posição de cada parlamentar e avaliar quem está do lado do trabalhador.

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