Simon diz que deixa candidatura se data da convenção for adiada

A mudança de data na convenção nacional do PMDB pode provocar a retirada da pré-candidatura do senador Pedro Simon à Presidência da República. Essa possibilidade foi admitida pelo próprio parlamentar em entrevista concedida hoje à reportagem da RádioJovem Pan. Para ele, o adiamento do encontro de 11 para 29 de junho inviabiliza o lançamento de um candidato próprio. O dia 29 é a data-limite para a realização da escolha e a esta altura todas convenções estaduais já deverão ter sido realizadas.

O senador gaúcho acredita no entendimento do partido para o lançamento do PMDB como a terceira via. A solução tem que ser encontrada na reunião da Executiva Nacional, que acontece nos próximos dias. O problema de Simon é que, na Executiva, os governistas, que não querem candidato próprio, têm maioria. O parlamentar afirma que nem era sua intenção ser o nome peemedebista, mas decidiu se apresentar para que a agremiação não fique sem opção. O senador acha que é importante chegar a um candidato que tenha condições de representar as aspirações do PMDB. Declarou ainda que a candidatura própria do PMDB é importante não apenas para o partido, mas para toda a sociedade brasileira.

Pedro Simon garantiu ainda que o ex-governador do Rio de Janeiro Anthony Garotinho se contenta em ser vice da chapa dele e que Itamar Franco desiste da candidatura à Presidência da República puder ser o representante do partido na disputa em Minas Gerais pelo Senado. Simon fez questão de ressaltar que os episódios de violência em São Paulo tornam ainda mais essencial a candidatura do PMDB. Ele não culpou nem o PT nem o PSDB pela crise paulista, mas apontou para a importância do surgimento de uma terceira via. Caso não haja uma reforma, o senador acredita que o País poderá chegar a situações como as vividas na Itália e nos Estados Unidos.

O parlamentar gaúcho defendeu também o fim do inquérito policial para agilizar o processo de investigação. Ele entende que o ideal é um inquérito comandado por juízes e procuradores. Além disso, defendeu uma operação complexa contra o crime organizado para colocar as coisas em seus devidos lugares.

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