Setor de vestuário deverá ter política específica no Paraná

O Paraná terá uma política específica para o setor dos vestuários. A decisão foi tomada nesta terça-feira (13) durante encontro de representantes do Governo do Paraná e de várias entidades ligadas à cadeia do vestuário com o secretário de Planejamento, Reinhold Stephanes.

O estado tem hoje 1.250 indústrias do setor de vestuário, distribuídas em sete grandes pólos confeccionistas. A produção anual gira em torno de 358 milhões de peças e as vendas chegam a US$ 902 milhões. O setor emprega 41.600 funcionários registrados, sem contar os empregos indiretos.

A proposta de desenvolver uma política para o setor partiu de um diagnóstico encomendado pelo Sebrae-PR ao Instituto de Estudos e Marketing Industrial (Iemi). A pesquisa, denominada Estudo do Mercado Potencial para Artigos do Vestuário foi apresentada em seminários regionais com a participação de empresários, trabalhadores e instituições ligadas à área de confecções. Com os dados desse levantamento, e por meio de consultas aos empresários, foi possível traçar um cenário do setor e apontar tendências, ameaças e oportunidades.

Uma das conclusões apresentadas foi a de que há perspectivas consistentes de crescimento do setor em nível nacional. Além disso, os indicativos mostram que o mercado interno vai continuar suprindo-se de fornecedores locais, pelo menos nos próximos cinco anos.

De acordo com o diretor geral da Secretaria de Planejamento, Allan Marcelo de Campos Costa, uma das ameaças que rondam a cadeia do vestuário no Paraná é a desarticulação entre produção e pontos de vendas. ?Se conseguirmos superar esta e outras ameaças, num prazo de cinco a dez anos o Estado poderá assumir posição de destaque no mercado nacional e, aí sim, posicionar-se no mercado mundial?, afirma.

Após a exposição do estudo feito Iemi, Campos Costa explicou que o próximo passo será validar as opções estratégicas. Assim, em janeiro todas as instituições envolvidas deverão apresentar uma análise sobre o que poderá fazer, dentro de suas áreas de competência, em prol do setor de vestuário. ?Até março de 2006, deveremos ter ações consolidadas e prontas para serem colocadas em prática?, antecipa.

Voltar ao topo