Serra compara resultado agrícola de gestões Lula e FHC

O candidato do PSDB ao governo de São Paulo, José Serra, trouxe nesta segunda-feira (21) o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso de volta ao cenário eleitoral. Durante evento com empresários na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), ele defendeu o governo FHC e citou números da agricultura para comparar com o atual governo.

Segundo ele, entre 2001 e 2003, a agricultura cresceu 12% ao ano. Ainda em 2001, no governo FHC, a agricultura colheu de acordo com Serra, 81 milhões de toneladas de grãos. Em 2003, como reflexo da safra de 2002, colheu 123 milhões de toneladas.

Já o governo Luiz Inácio Lula da Silva, conforme destacou Serra, colheu 114 milhões de toneladas de grãos e teve a área plantada reduzida em 9 milhões de hectares. "A agricultura está sendo destruída no atual governo e isso tem implicações gravíssimas do ponto de vista da produção e das condições sociais de vida", comentou.

Apesar de dizer que não responde diretamente às declarações de seu adversário – o petista Aloizio Mercadante – Serra trouxe FHC para o centro dos debates justamente após críticas de Mercadante que acusava os tucanos de esconderem o ex-presidente e não defenderem seu governo.

Na conversa com os empresários da Fiesp, Serra disse que a maior parte de suas propostas coincidia com as idéias dos empresários. Ele propôs a criação de três agências: uma de competitividade e tecnologia, uma de investimentos e uma de fomento, todas subordinadas a uma secretaria, que seria um misto das atuais Secretarias de Indústria e Ciência e Tecnologia.

Sobre a agência de fomento, ele disse que os recursos viriam do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), do orçamento de São Paulo e de fundos estaduais já existentes. Serra explicou que a agência não captaria recursos do mercado e não seria como um banco privado. "Seria uma repassadora para projetos que seriam definidos como prioritários, do ponto de vista da geração de empregos e do desenvolvimento", afirmou. "Algo que seja imune a manipulações que, no passado, foram feitas em bancos públicos que acabaram quebrando." De acordo com ele, já existe um marco legal para a criação desta agência.

Voltar ao topo