O secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Luiz Eduardo Cheida, falou hoje durante a abertura do ?I Seminário Franco-Brasileiro sobre Resíduos de Saúde ? Coleta e Destino Final?, no Centro Universitário Positivo (Unicenp), que o governo está trabalhando para quantificar o volume de resíduos hospitalares gerada diariamente no Paraná. ?Seminários como este, que vem sendo realizado em todo Estado, darão subsídios para mapearmos a geração desse tipo de material que ainda não pôde ser quantificada?, disse Cheida.
Segundo ele, sabe-se a quantidade total de lixo produzido no Paraná e também o volume gerado por outros segmentos, mas os estabelecimentos que geram resíduos de saúde passaram a cumprir a legislação há pouco tempo. ?O que está nos ajudando e muito a dimensionar estes dados?, ressaltou o secretário.
O Seminário, realizado em parceria com a Secretaria da Saúde e Associação Brasileira de profissionais especializados na França, Paraná e Santa Catarina, tem como objetivo expor e debater a legislação e destinação correta dos resíduos de saúde.
Participaram do Seminário estudantes, técnicos e representantes de estabelecimentos prestadores de serviço de saúde como hospitais, ambulatórios, farmácias, consultórios médicos e odontológicos, laboratórios e clínicas veterinárias, entre outros.
?O Paraná lidera atualmente o recolhimento de embalagens de agrotóxicos no país, conseguindo formar uma cadeia e envolvendo fábricas, revendas e agricultores, que vivem muitas vezes em áreas isoladas. Se fomos vitoriosos nesse trabalho, também podemos ser com os resíduos de saúde, onde os profissionais envolvidos têm endereço de fácil acesso e atuam, em sua maioria, nas áreas urbanas?, disse Cheida.
O evento foi coordenado pelo programa Desperdício Zero, da Secretaria do Meio Ambiente, que prevê os fim dos lixões a céu aberto no Paraná e a redução em 30% no volume de lixo produzido no Estado, estimulando a reciclagem e o reaproveitamento de resíduos. Atualmente o Paraná produz 20 mil toneladas de lixo diariamente.
Durante o Seminário, a Secretaria do Meio Ambiente distribuiu uma apostila recém-lançada que dispõe sobre a legislação e traz subsídios para elaboração do Plano de Gerenciamento de Resíduos de Saúde (PGRSS).
O coordenador estadual do programa Desperdício Zero, Laerty Dudas, explicou que o Plano faz com que os geradores conheçam o que é produzido em seus estabelecimentos e promovam a coleta e destinação final de forma adequada.
Para o presidente da Associação Brasileira de Profissionais especializados na França, Paraná e Santa Catarina, Marcelo Iwersen, o Paraná sai na frente dos demais Estados ao se preocupar com a capacitação e orientação dos profissionais que atuam nos estabelecimentos de saúde. ?Fica muito mais fácil cumprir a legislação e minimizar o impacto que os resíduos de saúde podem causar ao meio ambiente?, disse Iwersen.