Semicondutores podem começar em MG e RS, diz Costa

O ministro das Comunicações, Hélio Costa, disse nesta terça-feira (15) acreditar que a implantação da indústria de semicondutores no Brasil deverá começar pelos Estados de Minas Gerais e do Rio Grande do Sul, onde já existem iniciativas para a fabricação e desenho de chips usados, por exemplo, em televisores digitais.

A implantação dessa indústria no País poderá contar, segundo ele com a participação da japonesa Toshiba, que vem negociando com o governo brasileiro desde que foram intensificadas as discussões com o Japão para a escolha do padrão de TV digital. "A Toshiba mostrou real interesse. Tenho muita fé de que eles vão implantar essa fábrica aqui", disse o ministro, em entrevista coletiva à imprensa, na qual confirmou a elaboração, pelo governo, de uma medida provisória para dar incentivos fiscais ao setor de semicondutores.

Em Minas, seria aproveitado um projeto desenvolvido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a instalação de uma fábrica de semicondutores na região metropolitana de Belo Horizonte. E, no Rio Grande do Sul, a idéia em estudo é ampliar o trabalho de desenho de chips desenvolvidos pelo Centro de Excelência em Tecnologia Eletrônica Avançada – CEITEC, em Porto Alegre.

"São dois lugares onde estamos sentindo que há um maior interesse", disse o ministro, reforçando a idéia de aproveitar iniciativas que já estão em andamento. Ele disse que esse assunto foi tratado na semana passada com o governador gaúcho Germano Rigotto e com a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. "A ministra ficou interessada, e eu fiquei muito entusiasmado com a idéia", afirmou.

Segundo Costa, a instalação de uma fábrica de semicondutores leva bem menos que cinco anos, conforme se chegou a cogitar no governo. Ele explicou que será uma transferência da plataforma de produção. "Vai simplesmente transferir uma fábrica que está em algum lugar e implantá-la aqui. Não é um processo que vai ficar anos sendo elaborado, vai ser um transplante", disse Costa.

Segundo ele, o projeto de instalação de uma fábrica em Minas prevê investimentos de US$ 500 milhões a US$ 1 bilhão. Esses recursos, observou, podem vir tanto do BNDES quando do banco japonês JBIC. Ele disse que esse projeto tem condições de ser adaptado para a Toshiba, que entraria com a tecnologia e também com investimentos.

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