As 60 famílias de sem-terra que passaram o dia de ontem em frente à propriedade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), em Ponta Grossa, a 120 quilômetros de Curitiba, desobstruíram esta manhã a passagem permitindo que os funcionários entrassem para o trabalho. No entanto, os sem-terra permanecem em alerta, aguardando uma reunião marcada para esta terça-feira (24) à noite.
Eles pedem maior rapidez da Embrapa e do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) no processo de compra e venda de uma parte da propriedade, que deve ser destinada para um assentamento. A área total da fazenda é de 3.970 hectares e os sem-terra reivindicam a posse para o Incra de 618 hectares.
Eles ocupam essa área desde março de 2003 e já a denominaram de acampamento Emiliano Zapata. O Incra justificou que não pode proceder à compra em razão da falta de alguns documentos, particularmente o georeferenciamento, que não era exigido quando a Embrapa realizou a escritura do terreno.