Houve tiro?

Polícia retifica laudo de passageiro atropelado após vômito. Ele está com parte do corpo paralisado!

Vídeo mostra o momento em quem Jean Ricardo Cavalli é atropelado pelo motorista de aplicativo. Foto: Reprodução.

O Instituto de Criminalística retificou, nesta quarta-feira (16), o laudo sobre Jean Ricardo Cavalli, de 29 anos, atropelado por um motorista de aplicativo em nove de dezembro de 2018, no bairro São Brás, em Curitiba. O laudo apontou inicialmente a possibilidade de um disparo de arma de fogo, que teria sido efetuado por Jean, segundos antes de ser atropelado, devido a um clarão que aparece nas imagens do local do crime. No entanto, a hipótese foi descartada.

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“Como o material tem baixa resolução, o fato foi analisado novamente e constatou-se que não houve disparo de arma de fogo”, diz parte da nota enviada pela Polícia Científica. Jean foi atropelado pelo motorista de aplicativo Rafael Antonicomi da Silva após uma discussão, de acordo a esposa de Jean, Tamylli Leal, que também embarcou no carro após uma festa na sede social do Paraná Clube, na Avenida Kennedy, na Vila Guaíra. O motivo da briga seria o fato do passageiro ter vomitado dentro do carro, ainda conforme Tamylli.

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Parte do corpo paralisado

Apesar de ter recebido alta recentemente, e estar em casa, Jean, que tem uma filha de quase três anos, está com o lado esquerdo do corpo paralisado, não fala e precisa usar fraldas. Em breve ele passará pela terceira cirurgia no cérebro.

“A vida da família mudou completamente. O Jean, junto à esposa, tinha um pequeno comércio e agora ela precisa cuidar do marido. Ele não fala, não anda e vai passar por uma nova cirurgia, porque ele perdeu parte do crânio e o cérebro fica em contato direto com a pele. Causa muita estranheza a possibilidade de um disparo, já que cinco das seis testemunhas ouvidas viram o que aconteceu e não relataram disparo algum. Nem o motorista citou isso em seu depoimento inicial, que durou mais de 40 minutos”, disse o advogado de defesa do passageiro, Luis Zagonel.

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Já o advogado Igor José Ogar, que defende o motorista, informou, por meio de uma nota enviada à imprensa, que em nenhum momento da retificação do laudo o perito afirmou não ter existido arma de fogo ou disparo e que isso não altera seu teor, “no sentido de que Jean pode ter utilizado uma arma de fogo para disparar contra o veículo conduzido por Rafael”. Ele ainda disse que pedirá a realização de um laudo complementar pelo Instituto de Criminalística e que irá contratar uma empresa especializada em perícias de vídeos para que os fatos sejam esclarecidos.

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