Língua nos dentes

Neta confessa armação e dedura assassinos da avó

Dois homens envolvidos na morte de uma idosa de 67 anos foram presos na noite desta quinta-feira (30), no bairro Tatuquara, em Curitiba. A neta da idosa, presa na última quarta (29), seria a mandante do crime. Yasmin Vitória da Silva Souza confessou em depoimento à polícia e apontou Alison Matheus Pereira Witkovski e Jefferson Willian de Oliveira, ambos de 19 anos, como autores do assassinato.

De acordo com a polícia, Yasmin estava usando o cartão bancário que a idosa utilizava para sacar o dinheiro da aposentadoria, o que fez com que a linha de investigação se voltasse contra ela. Yasmin contou para a polícia que teria contratado um “assassino de aluguel” para matar a avó e simular um latrocínio. A jovem justifica o crime por acreditar que a avó teria sido responsável pela morte de dois de seus irmãos, e afirmou ter arquitetado o crime para se vingar.

Apesar do aparente ódio que nutria pela avó, Yasmin deixou mensagens de luto em suas redes sociais, lamentando o falecimento da idosa e reafirmando seu amor pela matriarca. “… ainda com todos os ocorridos eu amo muito a senhora!”, dizia uma das mensagens em seu Facebook.

Montagem: Tribuna do Paraná. Foto: Reprodução/Facebook
Montagem: Tribuna do Paraná. Foto: Reprodução/Facebook

O crime aconteceu no dia 31 de julho, por volta das 20h, na casa onde a idosa morava com a neta, no bairro Tatuquara. Laurinda Aparecida Mesquita da Silva, 67 anos, foi morta por estrangulamento. Inicialmente, o caso foi tratado como latrocínio porque o telefone celular e uma corrente dourada da vítima foram levados.

Yasmin contou à polícia que contratou Jefferson, por intermédio de Alison, para matar a avó por R$ 3 mil. Para garantir o sucesso do plano, ela teria inclusive desenhado um mapa da casa e fornecido informações sobre onde estariam joias, para que o assassino fosse eficaz no “serviço”. Com a confissão de Yasmin, a polícia localizou a dupla, que confessou com detalhes como colocou o plano da jovem em prática.

O delegado-adjunto da DFR, Emmanoel Aschidamini David, revelou que desde o início das investigações as evidências apontavam para outra motivação que não fosse patrimonial, isso porque a corrente que teria sido levada da vítima foi encontrada na bolsa de Yasmin pela própria família da suspeita. “Temos também o fato da suspeita ter se utilizado do cartão bancário da idosa para realizar compras”, concluiu.

Veja os depoimentos:

Nenhum dos suspeitos tinha antecedentes criminais. Todos deverão responder pelo crime de homicídio qualificado. Eles permanecem custodiados pela Polícia Civil à disposição da Justiça. Se condenados, poderão pegar até 30 anos de reclusão.

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