Aveiguação

Após policial ser baleado em ação, PRF e Guarda Municipal vão investigar ocorrido

Foto: Átila Abreu/Tribuna do Paraná
Foto: Átila Alberti / Tribuna do Paraná

A ação da Guarda Municipal de Curitiba (GM) que feriu um agente da Polícia Rodoviária Federal (PRF) com disparos de bala de borracha será tratada administrativamente nas corporações. O incidente ocorreu no Contorno Sul (BR-376) quinta-feira (11), véspera do feriado de 12 de outubro, durante protesto de moradores da região do Sabará, na CIC, após a prefeitura executar uma ação de reintegração de posse na área. Os disparos aconteceram enquanto a PRF negociava com os manifestantes a desobstrução da via. O policial foi atingido na perna esquerda duas vezes.

A decisão de tratar a situação internamente foi tomada na tarde de segunda-feira (15). Questionadas as duas corporações sobre de qual comando teria partido a ordem dos disparos, já que o Contorno Sul é uma rodovia federal e por isso é de jurisdição da PRF, nenhuma delas divulgou a informação. A Polícia Rodoviária apenas disse que a Guarda Municipal estava no local em apoio porque a interdição da rodovia começou em decorrência da ação de reintegração feita pela prefeitura. A PRF também informou que o policial ferido com os disparos da GM não precisou ser hospitalizado e não foi afastado do trabalho.

A Guarda Municipal confirmou que estava na região porque a PRF havia pedido apoio, mas não disse se esse pedido chegou diretamente para a guarda ou se foi repassado pela Polícia Militar (PM). A corporação municipal apenas frisou que estavam lá em “uma ação integrada”.

A GM também confirmou que a mesma equipe atuou na reintegração de posse e que, depois, foi acionada para ir até o trecho interditado da rodovia.

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Crianças e mulheres

No momento dos disparos, cerca de 100 pessoas protestavam no Contorno Sul, segundo estimativa da própria PRF. Nas fotos e vídeos durante o protesto, é possível ver crianças entres os manifestantes – incluindo algumas de colo. Alguns manifestantes também foram atingidos pelas balas de borracha.

Os manifestantes fecharam a BR-376 na altura do km 596 por cerca de duas horas na tarde de quinta. O congestionamento se estendeu por vários quilômetros, atingindo inclusive outras estradas. Os reflexos da paralisação puderam ser sentidos na BR-116 (Contorno Leste) e na BR-277 no trecho entre Curitiba e o interior do estado.

Até então, a PRF não tinha efetuado nenhum disparo. Foi quando o Grupo de Operações Especiais (GOE) da Guarda Municipal chegou e começou a atirar balas de borracha. Após os disparos, o bloqueio chegou a ser interrompido por alguns instantes e a pista liberada. Contudo, os manifestantes voltaram a ocupar a rodovia.

A prefeitura não comentou o fato do GOE atirar em um local com crianças, mas afirmou que excessos podem ser denunciados diretamente na ouvidoria da GM, pelo telefone 153.

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