As exportações de software e serviços de tecnologia de informação deverão ultrapassar US$ 1 bilhão em 2007, segundo estimativa do ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan. No ano passado, somaram US$ 800 milhões. "Este ano vamos chegar a US$ 1 bilhão e estaremos preparados para atingir US$ 2 bilhões (em exportações), talvez no ano que vem", afirmou Furlan, após participar de evento de tecnologia no Rio de Janeiro.
A projeção da Associação Brasileira de Software e Empresas Exportadoras de Serviços (Brasscom), compartilhada por Furlan, é que as exportações do setor cheguem a US$ 5 bilhões em 2010. Para isso, o ministro disse que o Ministério do Desenvolvimento está discutindo com o Ministério da Fazenda desonerações tributárias para o setor de software. Ele não quis antecipar quais seriam os benefícios e disse que deve esperar a aprovação das medidas do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) para apresentar as propostas para o setor. "A idéia do governo é dar isonomia competitiva às empresas que estão no Brasil", afirmou.
Furlan informou também que está conversando com o Ministério do Trabalho sobre a possibilidade de definição de regras trabalhistas específicas para o setor de tecnologia. Segundo ele a forma e o horário de trabalho de profissionais dessa área são muito específicos e não contemplados na legislação trabalhista brasileira atual, criada há 50 anos. "Os encargos trabalhistas acabam prejudicando investimentos nessa área", disse.