Secretário comemora estabilização do déficit da Previdência

Brasília ? O secretário da Previdência Social Helmut Scharzer, comemorou a estabilização do déficit da Previdência Social. A Previdência social teve despesas de R$ 11,9 bilhões no mês de abril, quando arrecadou R$ 9,3 bilhões, tendo sido necessário o acréscimo de R$ 2,6 bilhões aos cofres do sistema, pelo Tesouro Nacional, para cobrir esse déficit. O resultado foi praticamente igual ao de março.

Ao apresentar hoje (23) os números, ele avaliou que houve melhoria na arrecadação em abril, mas aumentaram as despesas com benefícios previdenciários, em função do reajuste do salário mínimo, que subiu para R$ 350,00 e, conseqüentemente também do aumento no valor das aposentadorias.

Para este ano, Scharzer estima que as despesas superem a receita em cerca de R$ 45 bilhões. Segundo ele, não é possível prever um número preciso porque o sistema ganha ações na Justiça, mas também paga outras, quando perde.

Cerca de 67,9% dos benefícios pagos pela Previdência Social em abril do ano passado tinham o valor de até um salário mínimo, o que representa um contingente de 16,2 milhões de beneficiários diretos. Quem recebe da Previdência Social acima de um salário mínimo teve reajuste de 5% nos seus benefícios em abril. O teto máximo para os aposentados na Previdência, que era de R$ 2.668 é, agora, de R$ 2.801.

O secretário da Previdência explicou que "é um engano dizer que ninguém ganha o teto máximo, porque a concessão de benefícios previdenciários é feita pela média de contribuições dos últimos 12 anos".

No caso das pessoas que se aposentam por invalidez ou que ficam fora do trabalho temporariamente, segundo ele, o pagamento do auxílio doença pode chegar a esse teto. Os contribuintes que se aposentam, com a idade mínima de 53 anos e 35 anos de contribuição, segundo ele, ano após ano vão se aproximando do valor do teto máximo, de R$ 2.801.

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