Secretaria da Saúde recomenda cuidados com a meningite

Com as quedas bruscas de temperatura que têm ocorrido neste inverno, a Secretaria de Estado da Saúde alerta para o cuidado que as pessoas devem ter em relação à meningite, que tem o contágio facilitado porque as pessoas permanecem mais tempo em ambientes fechados. Manter os ambientes arejados, principalmente se houver crianças em casa, é uma das medidas que os técnicos da Secretaria recomendam para prevenir a doença.

Mesmo com os cuidados que a Secretaria da Saúde adota normalmente, neste ano já ocorreram 1.322 casos de meningite no Estado até esta sexta-feira (10). Destes, 685 foram de meningite viral, 228 de meningite bacteriana, 198 de doença meningocócica, 86 de meningite não especificada, 65 de meningite de outra etiologia, 49 de meningite por pneumococos, seis de meningite por hemófilos e cinco de meningite tuberculosa. Durante todo o ano passado, ocorreram no Paraná 2.262 casos de meningite.

Esses casos já provocaram 120 mortes até esta sexta-feira (10). Foram 40 por meningite bacteriana, 28 por doença meningocócica, 19 por meningite de outra etiologia, 15 por meningite por pneumococos, nove por meningite viral, seis por meningite não especificada e três por meningite tuberculosa. Durante o ano passado, morreram no Paraná 233 pessoas por causa da meningite.

Principais sintomas

A meningite é uma inflamação das membranas que revestem o cérebro e a medula espinhal, observa a técnica Nilce Haida, da Divisão de Doenças Imunopreveníveis da Secretaria da Saúde. A infecção é causada por diversos agentes como bactérias, vírus, fungos e protozoários. Os principais sintomas são febre alta, forte dor de cabeça, vômitos e dificuldade de movimentar o pescoço. “É preciso estar atento à presença de manchas vermelhas na pele. Nos bebês e crianças de baixa faixa etária, a mãe deve prestar atenção à recusa de mamadas ou alimentos e à presença de irritabilidade”, lembra a técnica.

Aos primeiros sintomas, os pais devem procurar o serviço de saúde mais próximo para confirmar o diagnóstico e iniciar o tratamento. Nilce Haida recomenda que se evite tomar remédios por conta própria.

“Em saúde pública, a preocupação está voltada para a meningite meningocócica, provocada por bactéria, que se mantém na garganta principalmente de adultos jovens, sem desencadear a doença. Assim, ela é transmitida por gotículas expelidas ao falar, tossir e expirar, para as pessoas suscetíveis”, explica Nilce Haida.

Vários tipos

Segundo a técnica da Divisão de Doenças Imunopreveníveis, existem vários tipos de meningite meningocócica, denominados sorogrupos. As mais freqüentes são as de tipo A, B e C. Surtos e epidemias mais freqüentes ocorrem com os sorogrupos A e C. Desde 1994, o sorogrupo predominante no Paraná tem sido o B.
Para as meningites meningocócicas não existe uma vacina disponível na rotina dos postos de saúde. O que se indica para cada caso confirmado é a uma medicação que tem como objetivo erradicar o estado de portador. O medicamento é liberado e acompanhado pelas equipes da Vigilância Epidemiológica em todos os municípios do Estado.

Nilce Haida alerta que a doença ocorre durante todo o ano, com tendência a ser mais freqüente nos meses de frio, já que as pessoas ficam mais aglomeradas e fechadas em seus ambientes. “É importante sempre manter uma fresta para que ocorra uma circulação e renovação de ar nos ambientes, incluindo veículos automotores”, lembra a técnica da Secretaria da Saúde. Aos adultos, ela recomenda que se protejam ao tossir ou espirrar, evitando principalmente fazer isso direto no rosto de crianças.

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