Secretaria da Saúde estuda concessão de bolsa a universitários carentes

A Secretaria de Estado da Saúde está estudando a possibilidade de conceder bolsas de estudo para alunos carentes da Universidade Estadual de Londrina (UEL). O pedido foi feito pela reitora da UEL, Lygya Puppato, ao secretário de Estado da Saúde, Cláudio Xavier, e as 100 bolsas previstas seriam destinadas a estudantes aprovados no vestibular que fazem parte da quota dos 40% que cursaram o segundo grau no ensino público. Em contrapartida, os alunos prestariam um serviço na área da saúde, em especial no Programa de DST/AIDS da Secretaria.

A UEL aprovou para o vestibular deste ano o sistema de quotas, destinando 40% de suas vagas para alunos de escolas públicas e, destas, 20% para alunos negros que também estudaram em escolas públicas. "Consideramos que isso é bom para os alunos", afirmou Lygia Puppato. "Já temos várias iniciativas destinadas aos alunos carentes, como por exemplo o cursinho pré-vestibular, e a concessão de bolsas seria mais um auxílio para a inclusão de estudantes pobres na Universidade."

Uma contrapartida

No ano passado, a UEL assinou convênio com o Ministério da Saúde (MS), que se comprometeu a fornecer a seus alunos 50 das 500 bolsas de estudo que destinará no ano que vem a estudantes de graduação de universidades federais. "Não é uma doação ao aluno. Ele vai se comprometer a prestar um serviço em contrapartida", observou a reitora da UEL. As bolsas do MS são de R$ 341,00, e os alunos contemplados terão de dedicar 20 horas semanais à prestação de um serviço.

Por sugestão do diretor-geral da Secretaria, Carlos Manuel dos Santos, os alunos com bolsa trabalhariam nos Pólos de Educação Permanente, vinculados à Escola de Saúde Pública da Secretaria, presentes nas 22 Regionais de Saúde do Estado.

Segundo Cristina Assef, coordenadora do Programa de DST/AIDS da Secretaria da Saúde, a meta do seu setor para o ano que vem é "Saúde e Educação nas Escolas", e vai incluir entre seus temas a aids e a auto-estima entre adolescentes a partir dos 12 anos. "Este tema foi escolhido porque a população de jovens está aumentando e também a Aids está crescendo entre eles de maneira significativa. Com a concessão das bolsas de estudo aos universitários de Londrina, os jovens estariam falando aos jovens", destacou Cristina. 

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