Schumacher tenta aumentar instabilidade nos rivais

O alemão Michael Schumacher, líder do Mundial de Pilotos, aproveitou as entrevistas de hoje para dar mais um golpe na já combalida falta de confiança entre Fernando Alonso e a Renault ao falar de suas chances no GP do Japão, cujos treinos começam nesta sexta-feira (6).

?Meu histórico aqui é muito bom, amo essa pista, vejo o traçado de Suzuka como mais favorável a nosso carro que o da China e a previsão é de melhora do tempo.? A chuva tende a favorecer Alonso, por causa da maior eficiência dos pneus intermediários Michelin da Renault em relação ao Bridgestone, marca usada pela Ferrari.

Enquanto de um lado sobram desconfianças, do outro o clima é dos mais positivos com as duas vitórias de Schumacher nas duas últimas corridas do campeonato, Itália e China. ?Chegamos aqui cheios de motivação e por sabermos que, em geral, nos damos bem, confiantes em outro grande resultado?, falou Schumacher.

Esnobando confiança, o alemão da Ferrari comentou: ?Eu já vivi essa situação (lutar pelo título nas duas etapas finas da temporada) e sei como lidar com ela, sou experiente, estou na Fórmula 1 há 16 anos, acho que sei como fazer as coisas funcionarem.

Se Schumacher não conquistar o Mundial em Suzuka, domingo, e a definição do título se estender para o GP do Brasil, dia 22, como é bastante provável – ele só será octacampeão se vencer e Alonso não pontuar -, o tal histórico citado pelo piloto da Ferrari sobre seu sucesso muda um pouco. Em quatro oportunidades Schumacher chegou à etapa de encerramento do campeonato em condições de ser campeão e venceu apenas duas.

Em 1994, pela Benetton, Schumacher errou nos três dias do GP da Austrália, mas no fim bateu de propósito em Damon Hill, da Williams, para colocá-lo para fora e vencer a disputa. Em 1997, já na Ferrari, tentou fazer o mesmo com Jacques Villeneuve, da Williams, no GP da Europa, em Jerez de la Frontera. Não conseguiu, perdeu o título e até o vice-campeonato, cassado pela FIA.

No ano seguinte, lutou com Mika Hakkinen, da McLaren, até a corrida de Suzuka. Deu o finlandês. Em 2003, por muito pouco não vê Kimi Raikkonen, da McLaren, conquistar em Suzuka seu primeiro Mundial. Não fosse Rubens Barrichello, companheiro de Ferrari, vencer e ele conseguir um ponto, com o oitavo lugar, teria perdido.

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