A coordenação do programa de controle da dengue de Curitiba alerta a população – principalmente as pessoas que estão deixando a cidade – para que tomem todos os cuidados com vasos de plantas e limpeza da casa antes de sair de férias. São cuidados que evitam o surgimento de criadouros do mosquito transmissor da doença, o Aedes aegpty. A proliferação do mosquito da dengue é maior nos meses de calor.
Curitiba não tem casos de dengue, mas há, mesmo em pequeno número, focos do mosquito transmissor. Por isso, as ações do programa de prevenção contra a dengue, que começaram em 1998, se tornaram rotina tanto no verão como no inverno, mobilizando a sociedade e o setor público. São 160 agentes distribuídos em 16 equipes, que inspecionam residências, áreas de risco e estabelecimentos comerciais.
"O programa deu muito certo, mas a população precisa completar o trabalho permanente de fiscalização que é feito pelas equipes técnicas em imóveis e pontos estratégicos de toda a cidade", alerta o secretário municipal da Saúde, Michele Caputo Neto. O trabalho dos técnicos é priorizado em áreas de maior risco, onde a inspeção e aplicação de larvicida em residências são feitas a cada dois meses. Nos demais bairros, a inspeção é feita por amostragem.
Além das casas, os agentes visitam empresas consideradas de risco para a proliferação do mosquito, como transportadoras, borracharias, oficinas e ferro-velhos. Eles orientam sobre a importância de verificar sempre caixas d?água, calhas, pratos de vasos de plantas, ralos, aquários, latas, garrafas, pneus e outros locais onde o mosquito pode se instalar e se proliferar.
Em 2005, foram confirmados na capital oito casos de dengue, todos importados, ou seja, as pessoas contraíram a doença em outras regiões do país, e localizados 24 focos do mosquito transmissor. "Como os focos ainda ocorrem, precisamos ficar atentos, principalmente no verão, época de chuvas, o que favorece a proliferação do mosquito", diz o secretário Michele Caputo.
Os focos do mosquito transmissor da dengue em Curitiba se concentram principalmente nas áreas de abrangência dos distritos sanitários do Boa Vista, Boqueirão e Cajuru. Dos 24 focos localizados em 2005 – todos tratados – , a maioria estava em depósito de ferro-velho ou em pátios com veículos batidos.
Cuidados
· Lave os vasos de plantas com esponja, depois de escorrer a água, e coloque areia grossa até a borda do pratinho.
· Escove os trilhos do box do banheiro pelo menos uma vez por semana.
· Coloque em sacos plásticos tampas de garrafas, latinhas, copos descartáveis e outros objetos que acumulam água. Feche bem os sacos e entregue ao lixo reciclável.
· Verifique se as calhas de sua casa não estão entupidas.
· Coloque nos ralos água sanitária três vezes por semana e tampe-os.
· Limpe a caixa d’água a cada seis meses e verifique se está bem tampada.
· Guarde materiais de construção (telhas, lonas plásticas etc) sempre secos e em local aberto.
· Guarde garrafas viradas de boca para baixo e em local aberto.
· Guarde pneus sempre secos e em local aberto, ou encaminhe-os para reciclagem.
· Limpe as piscinas uma vez por semana, tratando a água com cloro. Se não for usá-la, cubra a piscina com uma lona bem esticada, evitando o acúmulo de água.