Saúde orienta população a coletar insetos parecidos com o “barbeiro”

O Centro de Saúde Ambiental da Secretaria Municipal da Saúde orienta a população de Curitiba, diante do surto da Doença de Chagas em Santa Catarina, para que, ao encontrar em casa ou em algum terreno um inseto suspeito de ser o barbeiro, leve imediatamente a espécie até a unidade de saúde mais próxima. De lá, os insetos serão levados à Coordenação de Controle de Zoonoses e Vetores, para a devida identificação.

"É importante que as pessoas não tomem qualquer atitude antes da avaliação dos insetos, pois a maioria deles, apesar da aparência semelhante – se alimentam de plantas ou outros insetos -, não são transmissores da doença, sendo fundamentais no equilíbrio do ecossistema, inclusive no controle natural da Doença de Chagas e até outras pragas", explica o diretor do Centro de Saúde Ambiental, Moacir Gerolomo.

Para levar a espécie suspeita até a unidade de saúde, o cidadão deve: coletar o inseto usando uma sacola plástica ou luva (não entrar em contato com o bicho); guardar em recipiente – vidro com tampa ou caixa de fósforo -, furando a tampa para manter o inseto vivo, o que facilita a análise parasitológica. É o exame parasitológico que comprova se o inseto está ou não infectado pelo Trypanosoma Cruzi.

O Centro de Epidemiologia da Secretaria Municipal da Saúde reforça as orientações sobre a necessidade da realização de exames para confirmação de sintomas da Doença de Chagas. Só devem fazer o exame as pessoas que tomaram caldo de cana no Litoral Norte de Santa Catarina no período de 1º de fevereiro a 20 de março. O exame não é necessário para os curitibanos que tomaram caldo de cana na capital, no período citado ou nos últimos dias.

Nas unidades de saúde, as pessoas fazem dois exames de sangue, um venoso e outro da polpa digital (dedo), para identificação da presença do parasita Trypanosoma Cruzi, transmissor da Doença de Chagas. As equipes das unidades também estão aptas a providenciar os primeiros cuidados em pacientes com sinais da doença. Desde a última quarta-feira, foram feitos 594 exames de sangue nas unidades de saúde, que serão analisados no Lacen.

A Vigilância Sanitária Municipal está fiscalizando os pontos de venda de caldo de cana, para verificar as condições de higiene do local e a procedência do produto. Já foram vistoriados perto de 50, dos 702 pontos de garapeiros da capital. Dúvidas da população ou maiores informações sobre a fiscalização e realização de exames nas unidades de saúde podem ser obtidas pela Central 156.

Recomendações da Vigilância Sanitária

Aos vendedores de caldo de cana
Manter as canas elevadas e em locais limpos.
A cana deve estar protegida de insetos, poeira e outros vetores.
Fazer a raspagem da cana antes da moagem.
Descartar canas com rachaduras.
Manter coletores para lixo sempre tampados,
O lixo deve ser acondicionado em sacos próprios e resistentes e deixados para a coleta regular.

Os consumidores também devem ficar atentos, só consumindo o produto em locais limpos e seguros.

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