As emendas individuais ao Orçamento-Geral da União são fonte de corrupção há vários governos, mesmo depois do escândalo que levou à CPI dos Anões do Orçamento, em 1993. Mas o foco da CPI dos Sanguessugas será, inevitavelmente, o espantoso crescimento da movimentação bancária da Planam em 2004 e 2005, quando o Ministério da Saúde estava sob a chefia de Humberto Costa (PT) e depois, de Saraiva Felipe (PMDB)
As investigações da Polícia Federal mostram que a empresa dos Vedoin, intermediadora da liberação das emendas e da compra das ambulâncias e pagadora das propinas a parlamentares e prefeitos, registrou um incrível salto de 2003 em diante. Segundo a Polícia Federal, a Planam movimentou R$ 3,19 milhões em 2003, primeiro ano do governo Lula, que executou o orçamento preparado e aprovado pelo governo FHC
Em 2004, no ano do primeiro orçamento do PT, a movimentação da Planam pulou para nada menos que R$ 21,1 milhões. Em 2005, mesmo sabendo que a PF já investigava o esquema sanguessuga, como revelou o jornal O Estado de S. Paulo na edição de ontem, a Planam movimentou R$ 14,4 milhões