O governador Roberto Requião assinou no sábado (27) um convênio com a Sanepar e a prefeitura da Lapa para implantação do sistema de abastecimento de água no Assentamento Contestado, que vai beneficiar cerca de mil pessoas. Assinaram a parceria, além do governador, o presidente da Sanepar, Stênio Jacob, o prefeito Miguel Horning Batista, e o ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rossetto.
As obras terão início no dia 12 de setembro, quando a prefeitura da Lapa disponibilizará tratores e uma retroescavadeira para a abertura das valetas. Toda a obra custará R$ 192 mil. Serão executados 28 mil metros de rede de distribuição de água, com mais de 120 ligações de água. Também será construído um reservatório com capacidade de 20 metros cúbicos por hora. Para o presidente da Sanepar, Stênio Jacob, o sistema de abastecimento será fundamental para as famílias assentadas. ?Eles poderão continuar a produção agrícola e haverá melhora na qualidade de vida?, disse.
Os trabalhadores do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) chegaram ao município da Lapa em fevereiro de 1999. Desde então, o abastecimento com água se dá por meio de minas. ?São fontes de água rasas, algumas contaminadas por agrotóxicos e até coliformes fecais?, comentou Paulo César Rodrigues Brizola, membro da coordenação do Assentamento. Para ele, o abastecimento de água por meio da Sanepar é importante, pois ?vai melhorar a qualidade de vida dos assentados?. O casal Odair e Júlia Trizote Saldanha, que retira água a 200 metros do lugar onde moram, concorda com Paulo César. Segundo eles, o convênio da Sanepar com a prefeitura da Lapa vai facilitar o trabalho na horta comunitária e a produção agrícola de grãos. ?Com certeza será mais saúde para nós e para as crianças?, comentou Júlia, que tem dois filhos e é professora no Assentamento.