Romário anuncia jogo de despedida em jogos internacionais

O atacante Romário iniciou nesta quinta-feira o processo que vai marcar a sua despedida do futebol. Em entrevista coletiva no início da tarde, num hotel na zona Sul do Rio, o craque do Fluminense anunciou a realização de uma partida que vai marcar sua despedida em jogos internacionais.

O jogo está pevisto para o dia 10 de novembro, em Los Angeles, nos Estados Unidos, palco do tetracampeonato mundial. “O jogo vai servir como minha despedida em jogos internacionais, mas servirá também para lembrar os 10 anos do tetra e reunir um grupo que foi muito unido, mas que agora raramente se encontra” explicou Romário.

“Mas eu que deixar bem claro que isso não representa a minha despedida do futebol. Vou continuar jogando no Brasil por mais um tempo. Quanto, eu ainda não sei”, avisou.

Romário disse que ainda se sente bem fisicamente e com disposição para jogar profissionalmente, mas já não suporta a rotina de treinos, viagens e concentrações. “Se o futebol para mim fosse apenas chegar no estádio duas horas antes do jogo e entrar em campo, tenho certeza que jogaria até 100 anos”, exagerou. “Mas infelizmente não é assim. Tem que treinar muito, viajar muito e ficar muito tempo em hotel e concentração”, justificou. É isso que ele não agüenta mais.

Praticamente todos os jogadores que estiveram na campanha do tretacampeonato nos EUA, confirmaram presença no jogo de Los Angeles: o goleiro Taffarel, o lateral-direito Jorginho, os zagueiros Ricardo Rocha, Márcio Santos e Aldair, o lateral-esquerdo Branco, os volantes Dunga e Mauro Silva, os meias Raí, Mazinho e Zinho e o atacante Bebeto.

A primeira experiência de Romário em um clube fora do Brasil aconteceu em 88, quando se transferiu do Vasco para PSV Eindhoven, da Holanda. Passou pelo Barcelona e, tempos depois, jogou pelo Valencia – ambos na Espanha. Em 2002, teve uma experiência frustrada pelo futebol do Qatar, onde praticamente não jogou. Voltou de lá brigado e sem ter marcado gols.

O “Baixinho” garantiu que não guarda mágoa do técnico Luiz Felipe Scolari, que não o levou para a Copa de 2002, contrariando o desejo da maioria dos torcedores brasileiros.

“Eu não tenho mágoa dele, não. Ele preferiu levar o grupo em que confiava e a história mostrou que ele estava certo. Se encontrar o Felipão, vou cumprimentá-lo da mesma forma”, garantiu. “Ele só me tirou a possibilidadde ser penta, mais nada”, ironizou.

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