Roberto Jefferson aceita quebrar sigilos bancário e telefônico

Brasília – Terminou, às 21h15, o depoimento do deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) ao Conselho de Ética e Decoro da Câmara. Ao término da sessão, ele concordou com a quebra de seus sigilos telefônico, bancário e fiscal. O deputado respondeu ao pedido do relator do processo no Conselho de Ética, Jairo Carneiro (PFL-BA). Jefferson confirmou ainda que atenderá qualquer pedido de acareação solicitado por Carneiro.

Jefferson afirmou ainda que ele e o tesoureiro do PT, Delúbio Soares, "vão encontrar uma solução legal para os R$ 4 milhões recebidos do PT na última eleição", argumenta. A verba não foi declarada à Justiça Eleitoral.

"Recebi a doação como o cidadão Roberto Jefferson e não como presidente do PTB. Não quero envolver meu partido. Quero prestar conta como o cidadão Roberto Jefferson", destacou. O deputado contou, em seu depoimento, que recebeu os R$ 4 milhões do publicitário Marcos Valério, apontado por ele como um dos envolvidos na distribuição das mesadas que seriam pagas aos parlamentares, o chamado "mensalão".

Para o deputado João Pizzolato (PP-SC), a declaração de Jefferson sobre os R$ 4 milhões representa a admissão de um crime. "Até o momento, o único crime realmente cometido e confessado foi o caixa dois de R$ 4 milhões que o PTB recebeu para a campanha eleitoral do ano passado. Ao invés de mensalão, o Jefferson recebeu um "bolão". Por que Jefferson não denunciou na época o PT? Ele admitiu um crime eleitoral".

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