Ritmo industrial

As perspectivas estão confirmadas e somente uma crise inesperada que sempre pode ocorrer, mas tem probabilidade bastante remota, irá comprometer o desempenho do setor industrial no corrente exercício. O entusiasmo dos empresários e analistas do setor vem dos resultados alcançados em 2007, com um crescimento de 6% em relação ao ano anterior, apesar da continuada valorização do câmbio.

O ritmo industrial foi garantido pela expansão de 19,5% verificada na produção de bens de capital, fato que os economistas acabaram identificando como a principal razão para a alta projetada de 13% dos investimentos na construção civil, máquinas e equipamentos. Na realidade, o otimismo está também fundado na continuidade da produção industrial durante o mês de janeiro, assim como nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho (Caged), mostrando que a geração de novos empregos industriais foi deveras satisfatória no período.

Portanto, está afastada a idéia de que o País poderia ingressar num ciclo de desindustrialização, tendo em vista a vitalidade das empresas setoriais no País. Analistas comentam que o risco a ser levado em consideração é que o desempenho excelente registrado num ano, não impede que a indústria venha a perder importância relativa no conjunto da economia.

A explicação para tal fenômeno aparentemente contraditório está no fato de que determinados segmentos da indústria dão preferência à especialização na linha de produção de commodities. A forte queda do saldo da balança comercial apurado no ano passado fornece as evidências para melhor respaldar a avaliação.

Mesmo assim, o mercado prossegue confiante nas projeções de mais um ano positivo para o setor industrial, sobretudo nos ambientes fabris que demandam conteúdos tecnológicos entre médios e elevados, tais como a produção de máquinas e equipamentos, veículos automotores, máquinas para escritório e equipamentos de informática, máquinas, aparelhos e materiais elétricos, além de equipamentos para transportes. Conta-se com o aquecimento da demanda interna para garantir o ritmo industrial de 2008.

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