Rio de Janeiro aplicará R$ 53 milhões no Pan-Americano sem licitação

A Prefeitura do Rio vai designar construtoras já instaladas na Vila Pan-Americana, localizada na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, para fazer a urbanização do empreendimento sem a abertura de uma licitação. Segundo o prefeito César Maia, o Ministério do Esporte vai destinar R$ 53 milhões para as obras, e a prefeitura vai gerenciar a aplicação desses recursos.

A urbanização da Vila Pan-Americana está na Justiça. A Agenco Engenharia e Construções, em nome de sua coligada Pan 2007 Empreendimentos Imobiliários, responsável pela construção da Vila, ajuizou uma tutela antecipada contra a prefeitura e o Comitê Organizador dos Jogos Pan-Americanos 2007 (Co-Rio). O objetivo é provar que a Prefeitura não fez as obras de urbanização e que a Pan 2007 fez a sua parte: a conclusão dos 17 prédios que hospedarão os atletas.

"Não há tempo para licitação. Para aplicar os recursos, temos de aproveitar as empreiteiras que já estão instaladas na Vila Pan-Americana para fazer execução em dois meses e meio, três meses", afirmou Maia, que participou hoje da cerimônia de lançamento do Grupo de Líderes Empresariais do Rio de Janeiro (Lide), realizada no Hotel Copacabana Palace, zona sul do Rio.

De acordo com ele, a Prefeitura do Rio não tem nenhuma dívida que impossibilitaria o recebimento de verbas federais. "O Rio não tem dívida. Tem R$ 4,4 bilhões em caixa. Teve uma licitação para fundo de recebíveis e ganhou uma empresa internacional. O Rio tem rating (classificação de risco) melhor que o governo brasileiro. Não tem problema nenhum.

Maia aproveitou para dizer que os Jogos Pan-Americanos serão realizados sem nenhum problema, a não ser se acontecer uma catástrofe natural. "Só se houver um tsunami, terremoto ou tornados em função do aquecimento global. Essas coisas podem acontecer. Se não, está tudo dentro do prazo, sem problema", afirmou.

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