Representantes da Caixa depõem hoje na PF sobre caso Diniz

Nesta terça-feira, a Polícia Federal vai ouvir três representantes da Caixa Econômica Federal sobre o contrato fechado entre o banco e a empresa multinacional que fornece equipamentos para as loterias oficiais.

?Vamos buscar esclarecer toda relação do contrato da Gtech com a Caixa Econômica Federal e ver se houve alguma irregularidade que tenha propiciado alguma corrupção, ou alguma coisa desta natureza?, disse ontem o delegado Antônio César Nunes. Os depoimentos estão marcados para começar a partir das 14 horas.

Waldomiro Diniz

O ex-assessor do Palácio do Planalto Waldomiro Diniz poderá ser indiciado por corrupção passiva ou concussão, se ficar comprovado que no exercício de um cargo público, pediu alguma vantagem para intermediar a renegociação do contrato entre a Caixa e a GTech.

O delegado César Nunes disse que a conclusão do ex-presidente da Gtech, Antônio Lino Rocha, é que Diniz teria exigido de forma velada vantagens. ?Há indícios muito fortes que ele praticou crime?, afirmou César Nunes. O delegado explicou que concussão é a extorsão praticada por funcionário público e a corrupção passiva é quando o funcionário solicita alguma vantagem ilícita. O delegado afirmou que, segundo depoimentos, não houve qualquer pagamento da GTech a Waldomiro Diniz.

Segundo César Nunes, a polícia vai prosseguir com as investigações para determinar se o ex-assessor cometeu outros delitos. ?De antemão, e se só tivéssemos esses dados, já teria que ser indiciado. Mas vamos aguardar ainda para confirmarmos e talvez identificarmos outros delitos. Vamos fazer o dever de casa completo?, disse.

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