Renato pode ser afastado do Fluminense após doping

O resultado positivo para o exame de doping do zagueiro Renato Silva, principal contratação para o setor defensivo do Fluminense em 2007, pegou a todos de surpresa nas Laranjeiras e o coordenador de Futebol, Branco, praticamente descartou, ontem, a possibilidade de o atleta permanecer no clube. O dirigente não se conforma, principalmente, com a substância encontrada na urina do jogador: a THC (tetrahidrocanabinol), derivada da maconha.

"Contornar essa situação é difícil. O Fluminense tem tradição, é um clube de 105 anos, torcida enorme e tem uma garotada em Xerém (centro de treinamento) que precisa de exemplo", disse Branco. "Fico com pena porque admiro o Renato Silva. Respeito o problema social dele, mas a instituição precisa ser respeitada e isso não aconteceu.

Ontem, tanto Branco quanto Renato Silva e seu advogado, Carlos Portinho, reuniram-se por diversas vezes nas Laranjeiras. O jogador tentou se justificar e chegou a dizer que teria usado o entorpecente em um período antes de ser contratado pelo Fluminense

Para ratificar sua tese, Renato Silva lembrou que o THC permanece por muito tempo no organismo humano e o exame que detectou o doping foi realizado em janeiro. No dia 28, o zagueiro atuou na derrota do time para o Volta Redonda, por 3 a 2.

O advogado de Renato Silva afirmou que irá pedir a absolvição do atleta, que pode ser condenado a um ano de suspensão, de acordo com o artigo n.º 244 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD).

Preventivamente, ele já está afastado por 30 dias. Portinho disse ter o desejo de sensibilizar os julgadores ao apresentar o problema social do atleta. "Sempre que há o risco de suspensão por longo prazo é natural que clube e atleta conversem sobre rescisão", frisou Portinho. "E não acredito que o Renato Silva seja suspenso por dois anos. Esse problema precisa ser visto com os olhos da recuperação. É uma doença e trabalhamos até com a hipótese de absolvição, ou pena mínima (seis meses).

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