Renan Calheiros diz que caberá à Comissão de Ética avaliar sua conduta

Brasília – O presidente do Senado, Renan Calheiros, disse que caberá aos integrantes do Conselho de Ética avaliarem sua conduta com relação à intermediação de um amigo funcionário da Construtora Mendes Júnior no pagamento de contas pessoais. "Com todo o respeito ao P-SOL, eu não tenho absolutamente nada o que falar. Já falei à nação, falei aos senadores. Há um apoio unânime da Casa e os senadores se consideraram satisfeitos com as respostas", afirmou.

O P-SOL entregou ontem (29) uma representação ao Conselho de Ética pedindo a abertura de investigações sobre as denúncias publicadas na revista Veja de que Renan Calheiros teria contas pessoais bancadas pelo funcionário da Mendes Júnior Cláudio Gontijo.

O presidente do Senado ressaltou que o seu advogado entregou nesta quarta-feira (30) "as últimas respostas que deveriam, que precisavam ser entregues, e que dependiam de informações bancárias e

sigilo fiscal".

O senador afirmou que pretende "viver este calvário sozinho" e não permitirá que questões pessoais envolvam a vida de outras das pessoas.

Perguntado o que faria caso a representação do P-SOL chegue à Mesa Diretora do Senado, Renan Calheiros afirmou que não há qualquer questão que não tenha sido respondida. E acrescentou que todos os documentos [para comprovar a veracidade de sua declaração ao Senado] também foram fornecidos.

"Você acha que alguém com a responsabilidade de exercer o cargo de presidente do Senado deveria temer alguma gravação, ou algo semelhante, de que pudesse funcionar nesta direção?", indagou.

Calheiros reafirmou que qualquer nova denúncia apresentada responderá por ela. "Esta decisão do que vai acontecer não é minha, não é monocrática. Eu respondi tudo, abri o coração, falei ao país, respondi o que poderia ter sido dito naquele momento, entreguei os documentos e o restante foi feito nesta quarta-feira. Esta é uma avaliação do país e não minha".

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