Renan Calheiros defende aprovação do PAC e reformas

O presidente do Congresso Nacional, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), defendeu nesta sexta-feira (2), em discurso na abertura dos trabalhos legislativos deste ano, a aprovação das medidas contidas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da economia, anunciado pelo governo no último dia 22. Calheiros fez, porém, a ressalva de que o PAC é apenas o primeiro passo e afirmou que o Congresso precisa discutir, paralelamente, as "reformas estruturantes" de que o País precisa, como "a reforma tributária a política, a trabalhista e a sindical".

Segundo Calheiros, o papel do Congresso é "pisar fundo nas reformas e retirar os empecilhos aos investimentos internos e externos." Ele afirmou que "não será por inércia do Congresso Nacional que a discussão ficará parada. Ninguém tem dúvida de que é preciso votar uma agenda de desenvolvimento para o País, mas ela pode ser compatibilizada com as reformas", discursou Calheiros.

Dessa forma, segundo ele, serão ouvidos todos os segmentos da sociedade. "Ouviremos, com certeza, a posição dos governadores sobre a perspectiva de renúncia fiscal. Também ouviremos representantes dos trabalhadores e as sugestões da iniciativa privada e todos os outros agentes envolvidos", disse o presidente do Congresso. Calheiros afirmou que a concretização do PAC depende de sua implementação. O senador se declarou otimista, assim como o governo, e crê que o País já tem condições "de soltar o freio e ser colocado nos trilhos do desenvolvimento.

Crescimento

Calheiros disse ter certeza de que será encontrada uma forma serena para que esse processo ocorra. Na avaliação do senador, mesmo com a desaceleração da economia dos Estados Unidos, as projeções apontam para um crescimento de 6% nos países emergentes, "e o Brasil tem potencial e tamanho" para seguir os passos de outros emergentes.

Ele citou o controle da inflação e o aumento das reservas internacionais – as quais, segundo ele, podem atingir US$ 100 bilhões. Destacou que, pelo quinto ano consecutivo, o Brasil terá superávit em transações correntes, e o saldo da balança comercial em torno de US$ 45 bilhões, como em 2006 e 2005.

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