Relator sugere que delegado da PF seja o 1.º ouvido pela CPI do Apagão Aéreo

Brasília – O relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Apagão Aéreo, deputado federal Marco Maia (PT-RS), avalia que o delegado da Polícia Federal do Mato Grosso Renato Sayão Dias deve ser o primeiro a ser ouvido na comissão. O delegado foi co-responsável pelo inquérito sobre o acidente com o Boieng da Gol, que emsetembro do ano passado vitimou 154 passageiros.

?Ele vai trazer muitas informações preliminares sobre esse inquérito?, disse, acrescentando que os deputados devem votar amanhã (9) o requerimento sobre esse assunto.

O deputado avalia que começar os trabalhos da CPI a partir do acidente aéreo é um "bom início". ?Talvez dali nós possamos avançar para outras investigações que se façam necessárias para entender todo o processo de crise vivenciada no sistema de tráfego aéreo do país?.

Segundo ele, a idéia é que a partir do roteiro apresentado hoje (8), os deputados possam incorporar idéias e buscar linhas de apuração diferentes das dos órgãos que investigaram o acidente.

?Na medida do possível, vamos trabalhar na condução dos trabalhos da CPI ouvindo, debatendo, discutindo e refletindo sobre o teor e o tamanho das investigações que nós iremos produzir?. Maia afirmou que vários requerimentos propostos pelos parlamentares já foram incorporados ao roteiro.

De acordo com o relator, a proposta do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) de visitar os Centros de Controle Aéreo (Cindactas) também deve ser incorporada. ?Acho que a CPI precisa fazer essa visita para conhecer, conversar com os controladores e poder ter um contato mais direto com o sistema como um todo para poder refletir?.

Maia disse ainda que os próprios controladores de vôo também devem ser ouvidos na CPI. A proposta sobre o tema deve ser encaminhada amanhã. ?O que nós precisamos saber é qual o controlador ou os controladores que iremos ouvir, porque são dezenas que trabalhavam no momento do acidente, que trabalharam depois e durante a crise ?.

A CPI, que volta a se reunir amanhã (9) às 14 horas, tem 120 dias para concluir seus trabalhos.

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