Recuperação à vista

Os fabricantes de bens de capital reunidos na Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), que nos últimos anos se ressentem com o encolhimento da economia, estimam que somente a partir de 2008 o setor deverá reingressar no processo de plena recuperação.

Apenas alguns setores específicos (bombas, motobombas, válvulas industriais e máquinas-ferramentas) foram sustentados por encomendas garantidas pelos planos de expansão da Petrobras e Companhia Vale do Rio Doce, notadamente. Entretanto, os setores de produção de bens de capital seriados, como máquinas e implementos agrícolas, injetores, empilhadeiras e macacos hidráulicos, tiveram o ritmo de produção bastante reduzido.

Mesmo admitindo que as perdas dos últimos exercícios não serão recuperadas, o presidente da Abimaq, Newton de Mello, mostra-se bastante otimista porque as condições atuais são mais propícias para a recuperação, tendo em vista a melhoria sensível na captação de recursos, o que levou o setor a investir cerca de R$ 7,2 bilhões em 2006.

Os investimentos foram realizados nos setores de máquinas para biocombustíveis, construção naval, motores e compressores.

Toda a perspectiva favorável à indústria de bens de capital, segundo a Abimaq, reside no avanço efetivo do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), no qual o governo Lula concentrou todas as variáveis factíveis de promover o desenvolvimento da economia.

Como é de domínio público, dos R$ 503,9 bilhões de investimentos até 2010, R$ 274,8 bilhões serão carreados para o setor energético. A maioria dos projetos, cujo investimento já garantido é de R$ 179 bilhões, faz parte do plano plurianual de expansão da Petrobras.

A Abimaq se louva também no investimento de R$ 170,8 bilhões na infra-estrutura social e urbana (saneamento, rodovias, ferrovias, portos e aeroportos), com o esperado aporte de R$ 90 bilhões por parte do BNDES. Os fabricantes de bens de capital e da indústria de base estão motivados para superar as frustrações dos últimos anos, uma faceta que esperam ver para sempre banida da economia nacional, dando como certas, na outra ponta, a abertura de milhares de empregos e a geração de riqueza.

Voltar ao topo