Reajustes de alimentos fazem IPC-S subir para 0,24%

Rio – Aumentos concentrados no preços dos alimentos levaram à aceleração do Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S), que subiu 0,24% na quadrissemana encerrada em 22 de abril, ante aumento de 0,23% na apuração anterior. Segundo o economista da Fundação Getúlio Vargas (FGV), André Braz, a elevação nos reajustes dos alimentos (-0,10% para 0,10%) foi originada de acelerações e deflação mais fraca nos preços de cinco grupos: hortaliças e legumes (de 3,45% para 5,41%); frutas (de -2,24% para -1,42%); aves e ovos (de -4,85% para -4,63%); carnes bovinas (de -2,37% para -1,99%) e massas e farinhas (de -0,82% para -0,66%).

"Ainda há muitas quedas nos preços dos alimentos, mas esses cinco produtos têm grande peso na formação da taxa de inflação do setor", explicou Braz. De acordo com ele, a taxa do IPC-S teria sido maior, não fosse a desaceleração nos preços de transportes (de 0,66% para 0,34%), causada pela elevação menos intensa nos preços dos combustíveis e lubrificantes (de 1,42% para 0,33%). "A oferta da cana-de-açúcar no mercado interno está se regularizando e isso está beneficiando o preço do álcool e da gasolina", explicou o economista.

De acordo com ele, houve desacelerações nos reajustes da gasolina (de 0,87% para 0,13%) e do álcool (de 5,29% para 1,49%) na passagem do IPC-S de até 15 de abril para o indicador de até 22 de abril. Para a próxima apuração, Braz não descartou a hipótese de continuidade na aceleração do indicador. "Há um maior número de pressões puxando o indicador para cima do que para baixo", disse, citando o movimento de alta nos preços dos alimentos.

Além disso, o economista lembrou que ainda está por vir o impacto dos reajustes de energia elétrica em Belo Horizonte e em Salvador. "Mas pode ser que a desaceleração de combustíveis seja forte o suficiente e continue a conter a influência dessas elevações", disse.

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