Na entrevista coletiva concedida após a sabatina do Grupo Estado o candidato ao governo de São Paulo pelo PMDB, Orestes Quércia, negou qualquer negociação com o PT para a formação de comitês com o seu nome e o do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no interior de São Paulo.
De acordo com Quércia, a posição do partido em São Paulo, desde o lançamento de sua candidatura, é de neutralidade em relação à corrida presidencial, e assim se manterá. "Nossa decisão é definitiva: não temos candidato à presidente nesse primeiro turno", disse, dando a entender que pode vir a apoiar um candidato, caso haja um segundo turno no pleito nacional.
Quércia voltou a dizer que foi um erro privatizar o Banespa. "Fizeram uma CPI e se comprovou que o Banespa estava muito bem", destacou, dizendo que o banco foi comprado por R$ 2 bilhões e vendido por R$ 7 bilhões, num prejuízo aos cofres do Estado de R$ 5 bilhões.
O ex-governador prometeu que, se for eleito, vai "restabelecer" o banco através do fortalecimento da Nossa Caixa, com o intuito de financiar, entre outros setores, o agrícola e o de pequenas e médias empresas. Na sua avaliação "a intervenção do Banespa foi um crime contra São Paulo" e desconversou ao ser questionado sobre o rombo que o banco registrava na ocasião. "A história de que o Quércia quebrou o Banespa é tudo conversa", emendou, refutando que a instituição tenha sido usada para fins políticos.
O candidato enfatizou que um dos grandes problemas de São Paulo é a saúde e aproveitou para citar mais dados de seu governo. Observou que "o problema da saúde em São Paulo são as filas", e afirmou que pretende "dotar todas as UBSs do Estado de São Paulo do interior e da capital, de ultra-som, raio-X, médico obstetra e coleta de sangue". Garantiu que munir as UBSs desses equipamentos "não é caro e é fundamental". Destacou ainda o problema dos laboratórios, afirmando que irá "fazer mais laboratórios e acordos com hospitais particulares que tenham ociosidade nos seus laboratórios.