Há alguns dias citamos neste espaço as dificuldades emergentes no Parlamento Europeu em relação à importação de carne bovina produzida no Brasil, pelo importante mercado dos países da União Européia.
A fonte original das dificuldades é a pressão exercida por pecuaristas britânicos e irlandeses, pela proibição da entrada do produto brasileiro no mercado comunitário se até o final do ano não forem adotadas normas de melhoria do controle sanitário animal.
Nesse contexto, o comissário de saúde pública e defesa do consumidor da União Européia, Markus Kyprianou, que até aqui empenhou palavra e competência técnica em respaldo aos cuidados sanitários dos produtores brasileiros, viu-se constrangido a solicitar às nossas autoridades a rápida correção de problemas porventura existentes.
Conforme informações do jornal Valor Econômico, enviadas pelo correspondente em Genebra, Assis Moreira, Kyprianou reiterou que, ?no momento, não há razões para interditar a carne brasileira?. Todavia, a relevância de sua função pública o autoriza a reivindicar a adoção de ?várias medidas? proporcionais aos problemas encontrados pela missão veterinária européia que virá ao Brasil em novembro.
De qualquer sorte, todo o rigor sanitário que pecuaristas brasileiros forem instados a incorporar à atividade terá retorno, não apenas pela segurança transmitida ao mercado, mas pela preferência a um produto de qualidade comprovada.