Os presidente do PSDB, senador Tasso Jereissati, do PFL, senador Jorge Bornhausen, e do PPS, deputado Roberto Freire, vão entrar com representação no Ministério Público contra o presidente do Sebrae, Paulo Okamoto. Eles acusam Okamoto de prática de crime de perjúrio. A decisão foi anunciada por Jereissati na tribuna do Senado. O senador afirmou que em depoimento à CPI dos Bingos, Okamoto negou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva soubesse da quitação de um débito de R$ 29,4 mil com o PT.
Em entrevista ao Jornal Nacional, Lula disse que sabia da dívida e ressaltou que não devia nada ao PT e por isso não pagaria o débito. Conforme relato do próprio Lula, na época ele disse a Okamoto que "se quisesse pagar, que pagasse". "Eu não tenho nada com isso, não vou pagar", afirmou.
Jereissati considera o fato gravíssimo. Na sua avaliação, Okamoto deve ser punido por falso testemunho à CPI. "Ou Okamoto cometeu perjúrio ou o presidente Lula mentiu", disse. Em aparte, o senador Antonio Carlos Magalhães informou que vai convocar Okamoto para prestar depoimento à comissão de Constituição e Justiça (CCJ). ACM lembrou que o próprio presidente do Sebrae disse ter pago a dívida em quatro prestações.