PSDB cobra punição para responsáveis por escândalos

A liderança do PSDB no Senado divulgou nota afirmando que o aniversário do PT deveria passar a ser o "dia nacional da impunidade". "Hoje é dia de duplo aniversário. Todos os envolvidos no caso Waldomiro Diniz comemoram o segundo ano do escândalo sem que nenhum deles tenha sofrido a menor punição. E o governo Lula se junta à festa dos 26 anos do seu partido, o Partido dos Trabalhadores, podendo comemorar também a impunidade", diz a nota assinada pelo líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (PSDB-AM), referindo-se à festa programada para hoje (13) para festejar os 26 anos de fundação do PT.

A nota assinada pelo senador também é uma crítica velada à atuação do ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos. "Nem o Ministério Público nem a Polícia Federal, tão diligentes, por exemplo, quando se trata de uma loja de luxo, tomaram qualquer medida contra o confessado crime eleitoral de caixa 2 no partido", diz. Para o senador, a falta de ações concretas para processar os protagonistas de esquemas de corrupção contrasta com as rigorosas ações para desbaratar uma operação de sonegação fiscal envolvendo a grife Daslu.

Em discurso da tribuna hoje, o senador Antero Paes de Barros criticou a atuação de Tomaz Bastos e defendeu sua convocação para que fale sobre o suposto uso político da Polícia Federal para beneficiar o governo. "Dois anos depois, ninguém foi punido. A Polícia Federal iria investigar Waldomiro Diniz. Até hoje nenhuma conclusão. A Polícia Federal tem feito serviços importantes à nação, quando não entram interesses do governo brasileiro", disse Paes de Barros.

Na nota, Virgílio lembra que a "Época" publicou em 13 de fevereiro de 2004 a denúncia sobre os esquemas de Waldomiro, flagrado por câmeras de um circuito interno de TV cobrando propina do empresário de casas de bingo Carlos Cachoeira. "Waldomiro Diniz continua flanando em Brasília, no mesmo apartamento, e ao que consta, sem emprego. Vive de que? Do silêncio?", questionou o líder tucano na nota. Virgílio também cobrou do governo e do PT providências contra protagonistas do escândalo do caixa 2 e do "mensalão", os ex-dirigentes do PT Delúbio Soares e Sílvio Pereira, e o publicitário Duda Mendonça. O líder do PSDB chegou a insinuar que Duda Mendonça foi premiado pelo governo com um contrato de publicidade com a Petrobras em troca de seu silêncio.

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