Protesto impede viagem de navio com 50 mil toneladas de petróleo

Ativistas do Greenpeace pararam hoje o petroleiro Byzantio no porto de Tallinn, na Estônia, impedindo que ele partisse com sua carga de 50 mil toneladas de petróleo.

O Byzantio é fretado pela mesma empresa que contratou o desastroso petroleiro Prestige, que naufragou na costa noroeste da Espanha há dez dias. Os ativistas se acorrentaram às amarras da âncora do navio enquanto barcos infláveis da organização carregavam faixas dizendo ?Perigo?.

?O mundo pôde ver a inimaginável quantidade de danos que um petroleiro como esse pode causar ao meio ambiente. Será negligência por parte do governo se for permitido que mais um navio perigoso deixe o porto?, disse Pernilla Svenberg do Greenpeace.

?A catástrofe do Prestige é a prova mais evidente da ameaça que navios como o Byzantio representam para o meio ambiente. Tendo em vista a recente experiência do Prestige, os governos europeus precisam banir esses navios dos nossos mares. Nós não podemos esperar mais 13 anos.?

De acordo com as normas da ONU, petroleiros de um só casco ainda poderão transitar por todos os oceanos e mares do mundo até 2015, quando um banimento total desses entrará em vigor.

O navio Byzantio, de bandeira maltesa, estava programado para passar pelo Mar Báltico e Mar do Norte, seguindo a mesma rota do Prestige para chegar a Singapura. Recentemente, o Paris Memorandum of Understanding, uma das principais autoridades de inspeção portuária, colocou Malta em sua ?lista negra? de segurança, devido às falhas em garantir medidas básicas de segurança.

Os ministros europeus responsáveis por transporte, energia e telecomunicações devem reunir-se em Bruxelas no dia 6 de dezembro e espera-se que assuntos como segurança marítima e meio ambiente sejam incluídos na agenda. A Dinamarca, atual sede da Presidência da União Européia, deve apresentar diversas iniciativas para lidar com o problema dos carregamentos perigosos. ?Os governos europeus terão uma chance de acabar com esses transportes perigosos e potencialmente desastrosos?, concluiu Svenberg. ?Vamos torcer para que eles não percam essa chance.?

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