Promotoria de NY autoriza quebra de sigilo de Duda Mendonça no Banco Boston

A promotoria de Nova York (EUA) autorizou a quebra do sigilo bancário da conta Dusseldorf, aberta pelo publicitário Duda Mendonça no Banco de Boston. A informação é do sub-relator de movimentações financeiras da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Correios, deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR).

Em depoimento à CPMI, Duda Mendonça disse que o empresário Marcos Valério de Souza lhe pediu que abrisse uma conta no exterior para que pudesse efetuar o pagamento de R$ 10,5 milhões que seriam parte do acordado para a realização de campanhas eleitorais do PT feitas em 2002.

"Ontem a conta do Duda Mendonça teve o sigilo bancário quebrado pela promotoria de Nova York", afirmou o parlamentar. O sub-relator entende que dificilmente uma conta "off-shore" (no exterior) seria aberta para investimentos de curto prazo. Segundo ele, o custo de uma conta como a "Dusseldorf", tanto para abertura como para manutenção, é muito alto. Por isso, acrescentou o parlamentar, acredita que a conta serviria para investimento de longo prazo.

Apesar da decisão do presidente da CPMI dos Correios, senador Delcídio Amaral (PT-MS), de contratar uma empresa de auditoria privada para ajudar na análise dos documentos obtidos pela comissão, Fruet afirma que, no que tange as investigações no exterior, a decisão ainda não cabe. "Temos que trabalhar com base no que existe de concreto. Até agora, no exterior, só temos a conta "Dusseldorf" do Duda Mendonça o que é muito pouco para justificar uma auditoria externa", disse ele.

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