Técnicos da Secretaria da Agricultura e representantes da Associação Brasileira de Fiação de Seda (Abrasseda) e do Ministério do Desenvolvimento Agrário, apresentaram nesta quarta-feira (18) ao gerente de Agronegócios do Banco do Brasil, Sérgio Mantovani, o projeto para recuperação da criação do bicho-da-seda e ampliação no número de produtores no Paraná. Segundo o diretor do Departamento de Desenvolvimento Agropecuário (Deagro), Carlos Roberto Bittencourt, serão destinados R$ 18 milhões, através do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), para o projeto.
O Paraná detém 90% da produção brasileira (foram 6.440 toneladas na última safra), e conta com cerca de 7.800 criadores, em 21 mil hectares plantados. O recurso será destinado à construção de barracões para a criação dos casulos, e deve atender a uma demanda de três mil novos produtores. A implantação do projeto deve gerar mais de sete mil empregos diretos, uma vez que cada hectare plantado equivale a uma mão-de-obra. De acordo com Hélio Noboru Mizokoshi, diretor de uma das empresas que integram a Associação, o aumento do número de criadores virá recuperar e aumentar a capacidade da exportação paranaense.
Carlos Roberto Bittencourt destaca a importância da parceria do Governo do Estado no projeto. ?Esses novos produtores, que deverão acessar pela primeira vez o crédito de investimento, poderão ser amparados pelo Fundo de Aval (programa estadual que dá garantias ao agricultor familiar em empréstimos financeiros)?. A Associação em parceria com a Emater vai dar assistência a esses novos criadores, como distribuição de mudas, acompanhamento no preparo do solo e capacitação.
A produção do bicho-da-seda é considerada uma alternativa de diversificação, que ocupa em média um alqueire para a implantação das amoreiras – cujas folhas são a única fonte de alimento para as larvas do bicho-da-seda, e é indicada como opção de renda para áreas de assentamento.