O secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos Luiz Eduardo Cheida anunciou, nesta quarta-feira, que a proibição da captura do caranguejo continua até 16 de janeiro nas baías de Paranaguá, Antonina e Guaraqueçaba.
A medida se deve à presença de óleo nas áreas de mangue, resultante do acidente com o navio chileno Vicuña, ocorrido no último dia 15, na baía de Paranaguá. Em outras localidades, como a baía de Guaratuba, a captura do caranguejo está permitida.
A proibição da captura do caranguejo terminaria nesta quarta-feira com o fim do período do defeso (reprodução), de acordo com a Portaria 180/ 2002 do IAP.
Devido ao acidente, as fiscalizações terão como base as determinações da portaria conjunta entre Instituto Ambiental do Paraná (IAP) e IBAMA – em vigor – que proíbe a coleta de organismos aquáticos, pesca, uso da água e práticas desportivas nas três baías atingidas pelo acidente.
O secretário do Meio Ambiente destaca que, além da captura, o transporte e comércio de organismos aquáticos provenientes dos locais atingidos pelo acidente também serão controlados neste período. "Teremos equipes do IAP atuando no mar e por terra para fiscalizar a procedência dos produtos", afirma o secretário.
Segundo Luiz Eduardo Cheida, a Portaria 180 do IAP dispõe ainda sobre o transporte e a comercialização de caranguejo vivo oriundo de outros Estados. "Para que seja feito o deslocamento, tanto por terra como por mar, o produto deve conter o Selo de Inspeção Federal (SIF) e a comprovação de origem", explica. "Caso contrário, os comerciantes terão a carga apreendida", completou o secretário.
A vigilância sanitária estará fiscalizando todos os pontos de venda de caranguejo para impedir que a população ao consuma organismos contaminados pelo óleo. "Além do caranguejo, estaremos vistoriando o comércio de mariscos, ostras e demais espécies aquáticas", afirmou Gianfrank Julian Tambosetti, chefe da diretoria de assistência à saúde, da Secretaria Estadual da Saúde.