Nesta semana, o programa Desperdício Zero, coordenado pela Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, começou a distribuir em 63 municípios que integram os Corredores da Biodiversidade um material didático composto por 14 apostilas, que trazem orientações sobre coleta e destinação final dos resíduos. Após a distribuição do material, serão promovidas capacitações para conscientizar a comunidade com relação à importância da coleta seletiva, além de oferecer orientações para sua implantação nos municípios.
De acordo com o secretário do Meio Ambiente, Rasca Rodrigues, a implantação da coleta seletiva nestas localidades faz parte das ações para reduzir em até 30% o volume de lixo gerado diariamente no Estado ? uma das metas do programa, junto com a eliminação dos lixões a céu aberto. ?A prática da coleta seletiva, dentro dos padrões propostos pela Secretaria do Meio Ambiente, aumenta em 84% a vida útil dos aterros sanitários. Ou seja, em vez de durar 20 anos, o período de utilização sobe para 36 anos?, disse.
O material didático apresenta as melhores formas de reaproveitamento dos materiais, fatores que limitam sua reciclagem e orientações sobre a legislação, entre outras informações.
Catorze tipos de resíduos foram abordados: orgânico, plástico, papel, metal, vidro, madeira, pilhas e baterias, resíduos de saúde, radioativos, pneus, óleos lubrificantes, lâmpadas, construção civil e agrotóxicos.
A destinação de embalagens de agrotóxicos, enfocando a tríplice lavagem dos recipientes antes da entrega nas centrais especializadas, também será abordada nos próximos encontros. O Paraná é um dos Estados que mais recolhe embalagens de agrotóxicos após seu uso.
Segundo o coordenador do Programa, Laerty Dudas, mais de seis mil pessoas participaram das capacitações do Programa somente no primeiro trimestre deste ano. ?Nos anos de 2004 e 2005, foram realizados 274 treinamentos, capacitando aproximadamente 10 mil agentes multiplicadores?, afirmou.