Professores da USP pedem que polícia se afaste das negociações

São Paulo – Os professores da Universidade de São Paulo (USP), que nesta quarta-feira (23) entraram em greve, apresentaram uma moção de apoio às reivindicações dos estudantes que ocupam o prédio da reitoria da instituição. O documento pede ainda que a Polícia Militar se afaste das negociações entre estudantes e Reitoria.

Segundo o presidente da Associação dos Docentes da USP, César Augusto Minto, a intervenção da polícia significaria um forte ataque à autonomia da universidade. ?Nós repudiamos qualquer tentativa da PM de tentar pautar o movimento, que é um movimento cívico, que questiona o não atendimento de reivindicações muito justas e que deve ser resolvido no âmbito da negociação e no âmbito da própria universidade. Isso é uma das prerrogativas da autonomia universitária, por isso nós somos veementemente contrários a que isso se resolva por meio de força?, disse.

Os professores, reunidos em assembléia, deliberaram entrar em greve por tempo indeterminado. Também decidiram que apoiariam os estudantes e funcionários que ocupam a sede da Reitoria desde o dia 3. Uma nova assembléia está marcada para sexta-feira (25).

A pauta de reivindicação dos docentes tem seis itens, entre eles o reajuste de 3,15% mais uma parcela fixa de R$ 200 a ser incorporada no salário, além de mais recursos para a área da educação. Eles também reivindicam a revogação de decretos assinados pelo governador José Serra, que consideram violar o conceito administrativo de autonomia das universidades.

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