Professores da rede federal firmam acordo com MEC e encerram greve

Brasília ? Depois de mais de três meses em greve, professores dos ensinos fundamental e médio e técnicos de centros federais de educação tecnológica, de escolas técnicas e agrotécnicas e de colégios ligados a universidades federais devem retomar as atividades na segunda-feira (5).

Segundo o representante da direção nacional do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica e Profissional (Sinasefe) Eulálio Costa, do comando de greve, a categoria vai voltar ao trabalho em função do acordo assinado ontem com o ministro da Educação, Fernando Haddad.

Costa explicou que o sindicato acertou com o ministério a liberação de R$ 100 milhões a mais no orçamento de 2006 para reajustar os salários dos professores, que terão aumento de 12% a partir de janeiro. "O importante é que o aumento é em cima do vencimento básico", disse.

O representante do Sinasefe disse que também ficou acertada a criação da classe especial, que, segundo ele, poderá receber salário entre 15% e 20% maior que o salário do professor E4, atualmente o maior nível na carreira. "Hoje, cerca de quatro mil professores estariam aptos a passar para a classe especial".

De acordo com Eulálio Costa, das 62 instituições federais de ensino técnico ligadas à Sinasefe, 34 haviam aderido à greve. Segundo ele, a paralisação atingiu 70% dos cerca de 23 mil professores ligados ao sindicato e entre 30% e 40% dos 7,8 mil técnicos.

Outra categoria que começou a voltar ao trabalho foi a dos técnicos administrativos ligados à Federação dos Sindicatos de Trabalhadores das Universidades Brasileiras (Fasubra). "Houve decisão do comando nacional e das assembléias que a partir do dia 1° iam começar a voltar e as informações até agora confirmam isso", afirmou o secretário-executivo adjunto do MEC, Ronaldo Teixeira.

Segundo o secretário, de 26 universidades ligadas à Fasubra, a paralisação chegou ao fim em 16. "Entre esta semana e a outra deve ser normalizada totalmente as atividades dos técnicos administrativos". De acordo com a assessoria de imprensa do MEC, em 2006 o governo federal vai aumentar em R$ 255 milhões a folha da categoria. Também deverá ser implementada a segunda etapa do plano de carreira dos técnicos.

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