Principal motiva da greve do INSS foi recusa a aumento salarial de 0,1%

Os servidores da Saúde das redes federal, estadual e municipal e também os do
Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que terminam hoje (14) a paralisação
de 48h buscam melhores reajustes salariais, mais funcionários, melhores
condições de trabalho e a adoção de um plano de carreira. Na rede estadual, os
servidores também protestam contra a contratação de cooperativas de mão-de-obra,
em lugar da realização de concurso público. O governo ofereceu para o
funcionalismo público 0,1% de aumento.

A diretora de Imprensa do
Sindicato dos Trabalhadores em Seguridade Social (Saúde, Previdência,
Assistência Social) e Trabalho do Distrito Federal, Laura Gusmão, diz que a
paralisação foi feita para sensibilizar o governo e fazê-lo entender que 0,1%
não atende ninguém. "É uma vergonha para nós termos um governo que lutamos para
eleger, pelo qual ficamos muitos anos esperando e, agora temos um trabalhador no
poder, sofrermos a mesma pressão, ou até pior, do que os outros governos. É
melhor não dar nada do que dar 0,1%".

O INSS informa que existe um plano
de carreira na instituição, a "Carreira do Seguro Social", e os funcionários que
aderiram ao plano tiveram um reajuste de 47,11%. O aumento foi parcelado. A
penúltima parcela vai ser concedida em maio (11,77%) e a última no mês de
dezembro (11,77%). Apenas em 2005, os servidores terão um reajuste acima de 20%.
O INSS lembra que existe uma mesa de negociação salarial para todos os
servidores públicos federais que está em andamento e onde podem ser apresentados
todos os pontos de negociação.

De acordo com o Sindicato dos
Trabalhadores em Saúde, Trabalho e Previdência Social (Sindsprev), o movimento
prepara uma greve por tempo indeterminado de toda a seguridade social, que
deverá ser marcada para maio.

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