Presos sete integrantes do PCC que vivem no Paraguai

Uma caçada aos membros do Primeiro Comando da Capital (PCC) que vivem no Paraguai já resultou na prisão de sete membros só nesta semana. Ontem, foram presos em Pedro Juan Caballero, na divisa com o Ponta Porã, em Mato Grosso do Sul, Marcelo Leandro da Silva, o "Marcelinho Niterói", Paulo Henrique Basílio, Saulo de Oliveira e Rodrigo Fernández de Alencar.

O grupo preso ontem (27) em Pedro Juan Caballero, é visto como "bota suja" entre os mafiosos da fronteira, ou seja, não têm grande expressão nas facções. Eles realizavam pagamentos de ajuda financeira às famílias de presidiários, além de agirem como informantes.

Um alvo ainda não encontrado, no entanto, é o gaúcho Irineu Pingo Soligo, condenado por tráfico, mas foragido. Ele foi visto na cidade de Coronel Sapucaia, divisa com Capitán Bado, no Paraguai, em junho, com quatro traficantes e contrabandistas procurados pela Justiça. O gaúcho, que já foi comerciante no Rio Grande do Sul, é a "extensão de Fernandinho Beira Mar, no crime organizado da divisa Brasil-Paraguai", segundo acredita o juiz federal Odilon de Oliveira.

A prisão de Soligo é considerada um dos principais pontos de partidas para identificação das raízes do PCC. Outra prisão importante é a de Fahed Jamil Georges, o Barão da Fronteira, condenado no início do ano a 25 anos de prisão. Ele está foragido desde a publicação da sentença.

Para o juiz federal Odilon de Oliveira, o tráfico de drogas, contrabando de armas, pistolagem e seqüestros têm um comando central que parte de dentro das prisões. Citou como exemplo, Claudair Lopes de Faria, preso em Assunção, um dos chefões do PCC. Ele chegou a comprar grandes extensões de terras no Chaco paraguaio, para transformá-las em entreposto do narcotráfico, a mando de Nilton César Faria Veron, protegido de Beira-Mar no Paraguai e também preso em Assunção. Ivan Mendes Mesquita, preso em 2004 com 265 quilos de cocaína é outra peça importante do PCC.

Na cidade de Naviraí aconteceram dois princípios de rebelião nesta semana, com ameaça de resgate de presos. Estão no presídio 109 detentos ligados ao PCC, dos 120 que foram transferidos de Três Lagoas, Campo Grande e Dourados, depois das rebeliões de maio. Onze deles já voltaram para a penitenciária de Campo Grande.

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