A Sanepar está realizando obras em unidades do Departamento Penitenciário ? Depen ?, em Piraquara, com o objetivo de intensificar as ações de despoluição da Bacia do Iraí. Os serviços já foram concluídos na Colônia Penal Agrícola (CPA), e continuam na Penitenciária Central de Piraquara (PCE) e a Penitenciária Feminina (PFE). ?Abriu-se oportunidade de trabalho e de redução de pena aos interessados em contribuir para a execução de uma atividade que vai gerar benefícios para toda a sociedade?, comentou a diretora de Meio Ambiente e Ação Social da Sanepar, Maria Arlete Rosa, sobre o trabalho de detentos em canteiros de obras.
Obras de melhoria no sistema de esgoto beneficiaram 16 dependências internas da CPA. Foram investidos R$ 25.300,00, para a implantação de 1.100 metros de interligações de rede coletora de esgoto e desativação de 37 fossas. ?Até uma estrada tivemos que abrir para executarmos trabalhos preventivos na tubulação de grande porte, que transporta o esgoto até a estação de tratamento?, explicou o responsável pelas obras, Adilson Fontana. O esgoto coletado é encaminhado para a Estação Piraquara Sede, onde é totalmente tratado.
Quinze presidiários trabalharam nas obras e, a cada três dias de trabalho, tiveram a pena reduzida em um dia. Para Adilson, ?trabalhar com os detentos foi uma experiência muito boa. Espontaneamente, eles se candidataram a prestar o serviço. Entre eles, pessoas com experiência, como pedreiros e encanadores?. Para Maria Arlete, a Sanepar cumpre seu papel social oferecendo oportunidade de trabalho aos internos das unidades penitenciárias.
Qualidade
Ainda estão em execução 1.600 metros de rede coletora de esgoto, que irão atender a Penitenciária Central de Piraquara e a Penitenciária Feminina. Também estão sendo construídas sete caixas para reter o lixo das ligações das demais penitenciárias. O custo desta etapa é de mais R$ 120 mil e a previsão de conclusão é no próximo mês.
De acordo com a diretora de Meio Ambiente e Ação Social da Sanepar estas intervenções são fundamentais para garantir a qualidade da água a ser tratada e distribuída para a população de Curitiba e região metropolitana. Ela lembra que a falta de um sistema adequado de coleta e tratamento do esgoto gerado no complexo penitenciário contribuiu para o surgimento de algas na Barragem do Iraí, o que provocou transtornos para os moradores da região.
A diretora também adiantou sobre a necessidade de realizar um trabalho de conscientização e educação ambiental junto à população do complexo penal, pois ?a rede da Sanepar sofre conseqüências pelo uso inadequado?. Os técnicos da empresa detectaram que resíduos (lixo) são lançados diariamente na tubulação, comprometendo a eficiência do sistema de remoção e de tratamento do esgoto.
Em 2002, a Sanepar já havia implantado 3.800 metros de rede coletora de esgoto de grande porte na região. Em 2004, foram implantados mais 2.657 metros de rede de pequeno porte. O investimento, na época, foi de R$ 764.690,00.