Presos 4 investigadores acusados de matar detento no Paraná

A Corregedoria da Polícia Civil do Paraná prendeu hoje(16) em Cascavel e Foz do Iguaçu quatro policiais civis acusados de terem matado a tiros um preso em Cascavel durante uma rebelião em 2003. Segundo a Promotoria de Investigações Criminais (PIC) de Cascavel, eles tentaram encobrir o crime, mentindo nos relatórios e induzindo a erro peritos do Instituto Médico Legal da cidade. Outros dois policiais acusados de envolvimento nesse episódio, também com prisão preventiva decretada, já estavam presos em Curitiba por tráfico de drogas.

A delegada-chefe da Corregedoria da Polícia Civil, Charis Negrão Tonhozi, disse que ainda não há como definir quem desferiu o tiro que matou o preso Valdair Alencar, conhecido como Bolacha. Pela investigação da PIC, na madrugada de 25 de agosto de 2003 uma tentativa de fuga na Ala A foi frustrada e os presos iniciaram um motim. Em depoimento, presos da Ala B disseram ter ouvido gritos e tiros. Por isso, estouraram os cadeados e tentaram fugir, com medo de que rivais invadissem a ala e os matassem.

Alencar estava naquela ala. Ele saiu da cela e ajudava a arrebentar os cadeados de outras. As investigações mostraram que os seis investigadores – Rubens Pereira da Silva, Amarildo Mayer Eugênio Stachiu, Neuraci Quirino dos Santos Duarte, José Nelson Pereira Brandão e Carlos Eduardo Azevedo Gomes – atiraram e mataram Alencar. Depois teriam escondido o corpo, levado-o somente na manhã seguinte ao Instituto Médico Legal (IML). Eles alegaram que Alencar havia sido morto por outros presos. Um laudo atestando morte por golpes de estoque foi feito pelo IML, por isso quatro médicos legistas também foram denunciados pela PIC.

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