Preso empresário acusado de envolvimento com roubo de cargas

O empresário Mário Fogassa, foragido da justiça do Paraná desde 2002, por suspeita de chefiar uma quadrilha de desvio de cargas e envolvimento em um assassinato, foi apresentado à imprensa nesta terça-feira. Fogassa foi preso na última quarta-feira, em Ribeirão Preto (SP), em uma operação conjunta das polícias do Paraná e de São Paulo.
Ele foi capturado depois que a polícia paulista recebeu denúncias que apontavam para sua participação no desvio de uma carga de medicamentos naquele Estado. As investigações duraram cinco meses e tiveram a ajuda da polícia paranaense, que enviou fotos do suspeito e o mandado de prisão. Com base neste material, os policiais da Delegacia de Investigações Gerais de Ribeirão Preto ficaram em campana, em frente a uma oficina mecânica durante três dias, à espera do empresário.

Acusações

No Paraná, o empresário é acusado de chefiar um esquema de desvio de cargas que envolvia comerciantes de várias regiões do Brasil a partir de uma chácara em Campo do Tenente, região Sul do Estado. Ele também é suspeito de ter participado do assassinato do então vereador de Campo do Tenente, Divonzir Rodrigues, que ameaçava denunciar o delito.

Ao todo, mais de 20 pessoas foram indiciadas na ação criminal sobre o caso e cerca de 15 foram presas, entre elas três policiais da Delegacia de Estelionato e Desvio de Cargas de Curitiba e um policial militar. O policiais foram acusados, na época, de receber propina e facilitar atividades criminosas da quadrilha. “Fogassa era a peça que faltava para desvendar de uma vez este caso. Com o depoimento dele, a justiça saberá se os policiais tiveram algum envolvimento”, disse o atual delegado da Delegacia de Estelionato e Desvio de Cargas de Curitiba, Roberto de Almeida Júnior.

Além de ter sido preso sob as acusações de homicídio, receptação e formação de quadrilha, Fogassa vai ser investigado pelo assassinato do entregador de gás Fernandes Cruz, ocorrido no começo do mês passado, em São José dos Pinhais. Segundo a polícia, ele era testemunha dos crimes de Fogassa e estava sendo protegido para prestar depoimento à justiça sobre o caso.

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